ATA DA DÉCIMA OITAVA SESSÃO EXTRAORDINÁRIA DA QUARTA SESSÃO LEGISLATIVA ORDINÁRIA DA DÉCIMA PRIMEIRA LEGISLATURA EM 11.12.1996.
Aos onze dias
do mês de dezembro do ano de mil novecentos e noventa e seis, reuniu-se. na
Sala de Sessões do Palácio Aloísio Filho, a Câmara Municipal de Porto Alegre.
Às nove horas foi realizada a chamada, sendo respondida pelos Vereadores Airto
Ferronato, Artur Zanella, CIênia Maranhão, C1óvis Ilgenfritz, Dilamar Machado,
Edi Morelli, Elói Guimarães, Fernando Záchia, Giovani Gregol, Guilherme
Barbosa, Isaac Ainhorn, João Dib, João Motta, Jocelin Azambuja, José Valdir,
Lauro Hagemann, Luiz Braz, Maria do Rosário, Mário Fraga, Milton Zuanazzi,
Nereu D'Ávila, Paulo Brum, Pedro Américo Leal, Pedro Ruas, Raul Carrion e
Wilton Araújo. Constatada a existência de "quorum", o Senhor
Presidente declarou abertos os trabalhos. A seguir, nos termos do artigo 100 da
Lei Orgânica Municipal - TRIBUNA POPULAR, o Senhor Presidente concedeu a
palavra ao Senhor César Pureza. Presidente do Sindicato dos Municípios SIMPA,
que manifestou o repúdio maciço da categoria municipária ao projeto encaminhado
à Casa, que eleva em cinqüenta e três por cento a remuneração dos secretários
municipais e outros cargos de confiança, lamentando o descaso e a incoerência
do Executivo Municipal para com os servidores públicos municipais. Ainda em
Tribuna Popular, o Senhor Presidente concedeu a palavra à Senhora Marina Helena
Durganti, Presidente do Sindicato dos Servidores da Câmara Municipal de Porto
Alegre - SINDICÂMARA, que igualmente referendou as colocações feitas pelo
Presidente do Sindicato dos Municipários, no tocante ao que considera um
"gordo presente de Natal aos futuros secretários", enquanto o
funcionalismo municipal amarga uma defasagem salarial que gira em torno de
cento e doze por cento. Também ressaltou o privilégio que tal projeto configura
para os cargos em comissão, em detrimento do universo de vinte e sete mil
funcionários, além da entidade de usar dois pesos e duas medidas, adotando uma
disparidade incoerente, imoral e injusta. Em COMUNICAÇÃO DE LÍDER, o Vereador
Raul Carrion externou sua discordância com o tratamento dispensado aos
funcionários públicos municipais, manifestando-se sua opinião de que os
dissídios são momentos não só de reajuste, mas também de ganhos reais,
aceitando discutir a questão num contexto que envolva a categoria municipária
como um todo. O Vereador Dilamar Machado manifestou sua posição contraria é
matéria considerando como uma agressão à categoria municipária o reajuste
proposto a duas dezenas de secretários municipais. O Vereador João Dib disse
não conseguir entender a Administração Municipal, que envia à Casa um projeto
aquinhoando os que mais ganham. Os trabalhos foram regimentalmente suspensos às
nove horas e quarenta e quatro minutos, sendo retomados às nove horas e
quarenta e seis minutos. Em prosseguimento, o Senhor Presidente respondeu
questionamento do Vereador Elói Guimarães a respeito do Projeto de Lei do
Legislativo n.º 116/95 (Processo n.º 2243/95), de autoria de Sua Excelência, o
qual está sendo reconstituído por ter sido extraviado. Em PAUTA, Discussão
Preliminar, estiveram: em 2ª Sessão, os Projetos de Lei do Legislativo n.ºs
154/96, 159/96, discutido pelo Vereador Artur Zanella, 174/96, discutido pelos
Vereadores Artur Zanella e Elói Guimarães, 175/96, discutido pelo Vereador
Artur Zanella, e o Projeto de Lei Complementar do Legislativo n.º 22/96; em 3º
Sessão, os Projetos de Lei do Executivo n.ºs 68 e 69/96, este último discutido
pelo Vereador Mário Fraga. Em continuidade, o Senhor Presidente apregoou a
Emenda n.º 03, de autoria do Vereador Arthur Zanella, ao Projeto de Lei
Complementar do Legislativo n.º 030/95 e a Subemenda n.º 01 às Emendas n.ºs 02,
03 e 04 ao Projeto de Lei do Legislativo n.º 01/96. Em continuidade, o Senhor
Presidente apregoou Requerimento de Licença para Tratamento de Saúde do
Vereador Décio Schauren, na data de hoje, dando posse ao Suplente Gerson
Almeida e informando que Sua Excelência integrará a Comissão de Educação,
Cultura e Esportes. A seguir, constatada a existência de "quorum",
foi iniciada a ORDEM DO DIA. Em prosseguimento, foi aprovado Requerimento de
Licença para Tratar de Interesses Particulares do Vereador João Verle, na data
de hoje, dando posse, o Senhor Presidente, ao Suplente João Pirulito,
informando que Sua Excelência integrará a Comissão de Economia, Finanças e
Orçamento. Em continuidade, foi aprovado Requerimento verbal do Vereador
Guilherme Barbosa, solicitando a inversão na ordem de apreciação dos projetos
constantes na Ordem do Dia. Posteriormente, foram aprovados os seguintes
Requerimentos: n.º 198/96, do Vereador Raul Carrion, de Moção de Repúdio à
venda, pelo Governo Federal, da Companhia Vale do Rio Doce; n.º 199/96, da
Comissão de Saúde e Meio Ambiente, solicitando Moção de Apoio ao pleito da
Federação das Santas Casas e Hospitais Filantrópicos do Rio Grande do Sul,
relativamente à necessidade de revisão da tabela de preços mínimos do Sistema
Único de Saúde. Em Votação Nominal, 1º Turno, constou o Projeto de Emenda à Lei
Orgânica n.º 004/96, que teve sua votação adiada por uma Sessão. a
Requerimento, aprovado, do Vereador Fernando Záchia. Em Discussão Geral e
Votação, foi aprovado o Projeto de Lei Complementar do LegisIativo n.º 030/95,
por dezessete votos SIM, três votos NÃO, tendo votado Sim os Vereadores Airto
Ferronato, Artur Zanella, CIênia Maranhão, C1óvis Ilgenfritz, Dilamar Machado,
Elói Guimarães, Fernando Záchia, Guilherme Barbosa, Isaac Ainhorn, João Dib,
Jocelin Azambuja, José Valdir, Lauro Hagemann, Mário Fraga, Milton Zuanazzi,
Nereu D'ávila, Wilton Araújo e Não os Vereadores Giovani Gregol, João Motta e
Maria do Rosário, bem como as Emendas n.ºs 01, 02 e 03 a ele apostas. Em
Discussão Geral e Votação esteve o Projeto de Lei Complementar do Legislativo
n.º 013/96, que teve sua discussão adiada por uma Sessão, a Requerimento,
aprova Vereador Airto Ferronato. Em Discussão Geral e Votação. foi aprovado o
Substitutivo n.º 01 ao Projeto de Lei do Legislativo n.º 001/93, por vinte
votos SIM, tendo votado os Vereadores Airto Ferronato, Artur Zanella, C1ênia
Maranhão, C1óvis Ilgenfritz, Dilamar Machado, Edi Morelli, Elói Guimarães,
Fernando Záchia, Guilherme Barbosa, João Dib, João Motta. José Valdir, Lauro
Hagemann, Maria do Rosário, Mário Fraga, Milton Zuanazzi, Nereu D'Ávila, Raul
Carrion, Wilton Araújo e Gérson Almeida. Em Discussão Geral e Votação, após ser
encaminhado à votação pela Vereadora Maria do Rosário, foi aprovado, em
verifícação de votação solicitada pelo Vereador Dilamar Machado, o Projeto de
Lei do Legislativo n.º 113/95, por vinte votos SIM e uma ABSTENÇÃO, votando Sim
os Vereadores Airto Ferronato, Arthu Zanella, C1ênia Maranhão, CIóvis
Ilgenfritz, Dilamar Machado. Elói Guimaraes, Femando Záchia, Giovani Gregol.
Guilherme Barbosa, João Dib, João Motta, José Valdir, Lauro Hagemann, Luiz
Braz, Maria do Rosário, Mário Fraga, Milton Zuanazzi, Raul Carrion, Wilton
Araújo, Gerson Almeida, e optando pela Abstenção o Vereador Edi Morelli. A
seguir, foi rejeitada, em Verificação de Votação solicitada pelo Vereador
Milton Zuanazzi, a Emenda n.º 01 ao Projeto de Lei do Legislativo n.º 113/95,
por cinco votos SIM, quinze votos NÃO e duas ABSTENÇÕES, tendo votado Sim os
Vereadores Artur Zanella, Dilamar Machado, Edi Morelli, Luiz Braz, Nereu
D'Ávila, NÃO os Vereadores Airto Ferronato, C1ênia Maranhão, C1óvis Ilgenfritz,
Elói Guimarães, Fernando Záchia, Guilherme Barbosa, João Dib, João Motta, José
Valdir, Lauro Hagemann, Maria do Rosário, Milton Zuanazzi, Wilton Araújo,
Gérson Almeida, João Pirulito e optando pela Abstenção os Vereadores Mário
Fraga e Pedro Ruas. A seguir, em votação nominal solicitada pelo Vereador Isaac
Ainhorn, foi rejeitada a Emenda n.º 02 ao Projeto de Lei do Legislativo n.º
113/95, por sete votos SIM, 13 votos NÃO e uma ABSTENÇÃO, tendo votado Sim os
Vereadores Artur ZaneIIa, Dilamar Machado, Edi Morelli, Luiz Braz, Mário Fraga,
Nereu D'Ávila, Pedro Américo Leal, Não os Vereadores Airto Ferronato, Clênia
Maranhão, C1óvis Ilgenfritz, Elói Guimaraes, Guilherme Barbosa, João Dib, João
Motta. Lauro Hagemann, Maria do Rosário, Milton Zuanazzi, WiIton Araújo, Gérson
Almeida, João Pirulito e optando pela Abstenção o Vereador Pedro Ruas. Logo
após, foi rejeitada a Emenda n.º 03 ao Projeto de Lei do Legislativo n.º 113/95
e aprovada a Emenda n.º 04 ao referido projeto. Em Discussão Geral e Votação,
após ser discutido pelos Vereadores Elói Guimarães e Luiz Braz e submetido a
votação nominal por solicitação do Vereador Elói Guimarães, foi Aprovado o
Projeto de Lei do Legislativo n.º 115/95, por quinze votos SIM, três votos NÃO
e uma ABSTENÇÃO, tendo votado Sim os Vereadores Airto Ferronato, Clênia
Maranhão, C1óvis Ilgenfritz, Edi Morelli, Giovani Gregol, Guilherme Barbosa,
João Dib, José Valdir, Luiz Braz, Maria do Rosário, Pedro Américo Leal, Pedro
Ruas. Raul Carrion, Gérson Almeida, João Pirulito, Não os Vereadores Elói
Guimarães, João Motta, Wilton Araújo e optando pela Abstenção o Vereador Mário
Fraga, bem como as Emendas n.ºs 01 e 02 a ele apostas. Em Discussão Geral e
Votação, em votação nominal solicitada pelo Vereador João Dib, foi aprovado o
Projeto de Lei do Legislativo n.º 118/95, por doze votos SIM, seis votos NÃO e
três ABSTENÇÕES, votando Sim os Vereadores Airto Ferronato, C1ênia Maranhão,
Dilamar Machado, Edi Morelli, Elói Guimarães, Fernando Záchia, Giovani Gregol,
João Motta, Maria do Rosano, Mário Fraga, Pedro Ruas, Raul Carrion. Não os
Vereadores Clóvis Ilgenfritz, João Dib, Lauro Hagemann, Nereu D'Ávila, Gérson
Almeida, João Pirulito e optando pela Abstenção os Vereadores Guilherme
Barbosa, José Valdir e Pedro Américo Leal. Em Discussão Geral e Votação esteve
o Projeto de Lei do Legislativo n.º 125/95, que teve sua discussão adiada por
uma Sessão a Requerimento, aprovado, do Vereador Guilherme Barbosa. Em
Discussão Geral e Votação, foi aprovado o Projeto de Lei do Legislativo n.º
140/95, bem como a Emenda n.º 01 a ele aposta. Em Discussão Geral e Votação,
foi aprovado o Projeto de Lei do Legislativo n.º 141/95, bem como as Emendas
n.ºs 01 e 02 a ele apostas. Em discussão Geral e Votação. foi aprovado o
Projeto de Lei do Legislativo n.º 143/95. Em Discussão Geral e Votação, foi
aprovado, em votação nominal solicitada pelo Vereador João Dib, o Projeto de
Lei do Executivo n.º 070/95, por dezessete votos SIM e seis votos Não, tendo
votado Sim os Vereadores Airto Ferronato, Artur Zanella, C1ênia Maranhão,
C1óvis Ilgenfritz, Elói Guimarães, Giovani Gregol, Guilherme Barbosa, João Dib,
João Motta, José Valdir. Lauro Hagemann, Luiz Braz, Maria do Rosário, Nereu
D'Ávila, Raul Carrion, Gerson Almeida, João Pirulito e Não os Vereadores
Dilamar Machado, Edi Morelli, Femando Záchia, Mário Fraga, Nereu D'Ávila e
Pedro Ruas. Em Discussão Geral e Votação, foi rejeitado por treze votos SIM e
oito votos NÃO o Projeto de Lei do Executivo n.º 158/95, tendo votado Sim os
Vereadores Airto Ferronato, C1ênia Maranhão, C1óvis Ilgenfritz, Elói Guimarães,
Giovani Gregol, Guilherme Barbosa, João Motta, José Valdir, Maria do Rosário,
Pedro Ruas, Raul Carrion, Gerson Almeida, João Pirulito e Não os Vereadores
Artur Zanella, Dilamar Machado, Edi Morelli, Fernando Záchia, João Dib, Mário
Fraga, Nereu D'Ávila e Pedro Américo Leal. Em Discussão Geral e Votação, foi
aprovado o Projeto de Lei do Executivo n.º 01/96, por dezoito votos SIM, três
votos NÃO e uma ABSTENÇÃO, tendo votado Sim os Vereadores Airto Ferronato.
Artur Zanella, C1óvis Ilgenfritz, Elói Guimarães, Fernando Záchia, Giovani
Gregol, GuiIherme Barbosa, Helena Bonumá, Isaac Ainhorn, João Dib, João Motta,
José Valdir, Maria do Rosásio, Nereu D'Ávila, Pedro Américo Leal, Raul Carrion,
Gérson Almeida, João Pirulito, Não os Vereadores Dilamar Machado, Mário Fraga,
Pedro Ruas e optando pela Abstenção a Vereadora C1ênia Maranhão. Em Discussão
Geral e Votação, foi aprovado o Projeto de Lei do Legislativo n.º 01/96, as
Emendas n.ºs 02, 03, 04, 05, 06 e 07 a ele apostas, bem como a Subemenda n.º 01
a Emenda n.º 02, à Emenda n.º 03 e à Emenda n.º 04. Durante o processo de
votação do Projeto de Lei do Legislativo n.º 01/96, foi aprovado Requerimento
do Vereador Artur Zanella solicitando a retirada de tramitação da Emenda n.º 01
a ele aposta. Em Discussão Geral e Votação esteve o Projeto de Lei do
Legislativo n.º 08/96, que teve sua discussão adiada por uma Sessão a
Requerimento, aprovado, do Vereador Luiz Braz. Em Discussão Geral e Votação
esteve o Projeto de Lei do Legislativo n.º 12/96, que teve sua discussão adiada
por uma Sessão a Requerimento, aprovado, do Vereador Artur Zanella. Em Discusão
Geral e Votação esteve o Projeto de Lei do Legislativo n.º 15/96, que teve sua
discussão adiada por uma Sessão a Requerimento, aprovado, do Vereador Raul
Carrion. Em Discussão Geral e Votação esteve o Projeto de Lei do Legislativo
n.º 22/96 que, após ser discutido pelos Vereadores Giovani Gregol, Fernando
Záchia e Airto Ferronato, teve sua discussão adiada por uma Sessão a
Requerimento. aprovado, do Vereador Fernando Záchia. Em Discussão Geral e
Votação esteve o Projeto de Lei do Legislativo n.º 056/96, que teve sua
discussão adiada por uma Sessão a Requerimento, aprovado, do Vereador Fernando Záchia.
Em Discussão Geral e Votação, foi aprovado o Projeto de Lei do Legislativo n.º
63/96, bem como a Emenda n.º 01 a ele aposta. A seguir, o Senhor Presidente
apregoou o Projeto de Lei do Executivo n.º 71/96. Em Discussão Geral e Votação,
o Projeto de Lei do Legislativo n.º 093/96, após ser discutido pelos Vereadores
Raul Carrion, Luiz Braz, Elói Guimarães, Pedro Ruas, Giovani Gregol, Reginaldo
Pujol, Paulo Brum e Maria do Rosário, e submetido à votação nominal por
solicitação do Vereador Reginaldo Pujol, obteve quinze votos SIM e um voto NÃO,
tendo votado Sim os Vereadores Airto Ferronato, C1ênia Maranhão, C1óvis
Ilgenfritz, Elói Guimarães, Giovani Gregol, Guilherme Barbosa, Helena Bonumá,
Isaac Ainhom, José Valdir. Maria do Rosário, Paulo Brum, Pedro Ruas, Raul
Carrion, Gérson Almeida João Pirulito e Não o Vereador Reginaldo Pujol, votação
esta declarada nula pelo Senhor Presidente, tendo em vista a inexistência do
"quorum" regimental necessário. Às doze horas e quarenta e quatro
minutos, constatada a inexistência de "quorum", o Senhor Presidente
declarou encerrados os trabalhos, convocando os Senhores Vereadores para a
Sessão Ordinária de hoje à tarde, à hora regimental. Os trabalhos foram
presididos pelos Vereadores Isaac Ainhom, Mário Fraga, Edi Morelli, Pedro
Américo Leal, e Secretariados pelos Vereadores Fernando Záchia, Mário Fraga e
Edi Morelli, estes dois últimos como Secretários "ad hoc". Do que eu,
Fernando Záchia, 1º Secretário, determinei fosse lavrada a presente Ata que,
após distribuída em avulsos e aprovada, será assinada por mim e pelo Senhor
Presidente.
O SR. PRESIDENTE (Isaac
Ainhorn):
Passamos á
TRIBUNA POPULAR
O Sr. Cesar Pureza, representando o SIMPA, está com a palavra pelo
tempo regimental de cinco minutos.
O SR. CESAR PUREZA: Sr. Presidente, Srs.
Vereadores e colegas municipários, o motivo que nos leva a tomar este espaço
democrático concedido por esta Egrégia Casa refere-se ao repúdio maciço do
projeto da Administração Popular, mais uma atitude incoerente por parte dessa
Administração que vem menosprezando e destratando os servidores públicos
municipais responsáveis, no mínimo por 50% da recondução do Partido dos
Trabalhadores a mais um mandato nesta Cidade. Continuamos sendo desprezados.
Em 1988, durante a campanha Olívio-Tarso Genro, prometiam plano de
carreira, recuperação de nossas perdas. Estamos em 1996 e, por conta daquelas
promessas, acumulamos perdas de mais de 112%. Esta é a atitude coerente e
transparente do Partido dos Trabalhadores. Maio de 1991, após uma greve de vinte
e seis dias, somos levados a aprovar, por conta da defesa dos militantes do
Partido dos Trabalhadores, uma tabela redutora vinculada à receita e à despesa
da Prefeitura. Em maio de 1995, argüída pelo então Prefeito Tarso Genro, o
mesmo Prefeito que sancionou essa política salarial, mais uma incoerência da
Administração Popular. Em 1994, por ocasião da organização da política
econômica, sofremos um prejuízo, por conta, também, da militância, através do
Projeto encaminhado pela Administração Popular, desde, março foi excluído.
Prejuízo: 45,50%.
Em 1995, o mesmo Prefeito que assina um cheque, dobra a esquina e susta
o mesmo cheque. Sanciona a política salarial e busca, através da Justiça,
argüir a inconstitucionalidade daquela mesma política, no seu art. 7º, ou seja,
através do ICV do DIEESE, tão defendido nacionalmente pelo PT. Mais uma
incoerência do PT.
Quem tanto critica FHC e Antonio Britto tem que ter uma linha de
conduta exemplar, não pode praticar esse tipo de incoerência. A qual
repudiamos.
Em 1996, o famoso "trenzinho da alegria" da Administração
Popular. Esquecem que somos mais importantes, no mínimo, do que o Secretariado,
porque executamos os projetos que os técnicos elaboram. Somos responsáveis pela
recondução da Administração Popular. No entanto, durante a data-base de 94, 95
e 96 não fomos sequer reconhecidos. O Governo, na mesa de negociação, na
contestação da nossa reivindicação sequer apresenta dados, questionando,
confrontando o nosso trabalho. Reivindicamos uma reposição salarial justa, em torno
de 16%. Com isso, já estaríamo - nos enquadrando na Lei Camatta, ou seja, o
gasto com pessoal não ultrapassaria 60%.
No entanto, o Governo Municipal sequer cotejou o nosso trabalho.
Lastimamos essa atitude. Não temos uma atenção por conta da LOM no que se
refere ao tratamento da saúde, a AFM hoje sucateada, através do repasse de
verbas, decorre por conta de um congelamento, no que se refere a essa verba. Se
compararmos com valores do comércio, está defasando em mais de 100%. Esta é
mais uma atitude incoerente da Administração Popular, que se preocupa com a
saúde e, quando assume um compromisso dessa ordem, esquece do trabalhador. Em
1994, por ocasião da data-base, o único acordo que ficou sancionado foi a
ampliação da creche Tio Barnabé. No entanto, o edital não foi publicado até
hoje, dois anos após. Mais uma incoerência da Administração Popular. Muito
obrigado.
(Revisto pelo orador)
O SR. PRESIDENTE: A Srª. Marina Durganti,
presidente do SINDICÂMARA, está com a palavra, no uso da Tribuna Popular, dividindo
o tempo com o SIMPA, para falar também sobre o projeto em tela.
A SRª. MARINA DURGANTI: Srs. Vereadores, colegas, o
SINDICÂMARA repudia de forma veemente a escandalosa pretensão do Sr. Prefeito
Municipal de Porto Alegre, Bel. Tarso Genro, de presentear os futuros
Secretários da Administração Popular com um aumento em torno de 53% enquanto o
funcionalismo amarga uma defasagem salarial de 112%, de janeiro de 89 a maio de
1996.
O PLE 67/96, que está em tela e hoje segue em terceira sessão, vai para
a Ordem do Dia na sexta-feira - pasmem os Srs. assistentes da nossa platéia -,
ele está ferido de morte pela sua inorganicidade. No artigo 34 da Lei Orgânica
Municipal, os Senhores Vereadores e o o Sr. Prefeito prometeram cumprir os
dispositivos elencados naquela Constituição Municipal. Esse Projeto de Lei
contraria o artigo 34 da lei Orgânica. E ainda continua em tramitação nesta
Casa e ninguém se levantou contra esse fato. De forma inoportuna, ao findar o
ano, o Sr. Prefeito resolve conceder um gordo presente de Natal aos Cargos de
Confiança do seu partido, passando por cima de toda uma categoria, que amarga,
vários anos de sua administração dita popular, natais de penúria, causados por
sua política salarial de arrocho.
Essa desconsideração se torna mais evidente quando os jornais apontam o
que o Sr. Prefeito diz: "Fechar ano com situação de equilíbrio financeiro
e tranqüilidade." Mas que tranqüilidade, Sr. Prefeito? A dos novos
Secretários que irão perceber, juntamente com as suas assessorias, quase 4 mil
reais? Tranqüilidade de quem Sr. Prefeito? Se os servidores de nível inicial da
Câmara, em 1º de setembro, ganhavam R$. 161,90, agora, em 1º de novembro, estão
ganhando R$. 162,40, ou seja: ganharam cinqüenta centavos de reais, de
acréscimo, no seu bolso. Tranqüilidade de quem, Sr. Prefeito, se os servidores
de nível médio, Assistentes Legislativos, todos formados num curso superior e
dando assessoria de nível superior, quase cerca de 70 funcionários desta Casa
estão impedidos de progredir na sua carreira funcional nesta Casa, graças às
ações que costumeiramente CCs da Prefeitura - e eu fui vítima pessoal disso -
denunciam no Judiciário e trancam nossa carreira ? A posteriori o Judiciário
que tem feito justiça, tem dado ganho de causa a esta Casa no seu Plano de
Carreira, que é nossa Lei 5811. E costumeiramente, esses CCs, que não querem
fazer concursos públicos, Srs. Vereadores, fazem esse tipo de denúncia, largam
lá no Judiciário. Nos ganhamos na justiça mas perdemos dinheiro ao longo dos
anos.
Tranqüilidade de quem, Sr. Prefeito, se aos técnico - científicos da
Câmara foi imposta uma negociação da Gratificação de Incentivo Técnico – GIT,
pela Prefeitura, Secretaria da Fazenda e Secretaria da Administração em valores
abaixo daqueles técnico -científicos da Prefeitura, aos quais foi dado pelo
dispositivo da mesma Lei ? Só que a mesma Lei para a Prefeitura foi em valores
acima. Não se sabe por que, se as atribuições e as atribuições e as tarefas de
técnico-científicos da Casa, efetivos e CCs, são do mesmo nível. Traqüilidade
de quem, Sr. Prefeito? Se aos técnicos-científicos aposentados da Câmara foi
imposta a negociação da GIT, deixando-os alijados daquela resolução ? O
Tribunal de Justuça há bem pouco tempo assegurou a constitucionalidade da
extensão da GIT aos aposentados de toda a Prefeitura e o Senhor não pagou Sr.
Prefeito. Isso é tranqüilidade? De quem? Para não pagar a conta, o mais fácil é
discutir a constitucionalidade das Leis aprovadas nesta Câmara.
Com que direito, Sr. Prefeito, o Senhor passa por cima de toda uma
categoria e se mostra esbanjador com o dinheiro do contribuinte em nome de uma
militância como se a Prefeitura fosse uma ação entre amigos?
Essa solução de privilegiar os cargos de confiança do primeiro escalão
mostra o desprezo para com o universo de quase 27 mil funcionários. Estes sim,
ingressam no serviço público de forma digna, através de concurso público, com a
consciência de suas responsabilidades cumpridas como agentes do serviço
público. Nós que representamos os servidores desta Casa alertamos aos nobres
representantes do Poder Legislativo para que fiscalizem e exerçam seu papel de
impedir esse descababro ao apagar das luzes. Alertamos às autoridades e a
opinião pública que acompanhe o desdobrar deste episódio que coloca Porto Alegre
no mesmo nível de "cidades sucupiras", cujos mandatários se
autopresenteiam, criam leis e penduricalhos sempre e estranhamente em
benefícios de afilhados e no final de seus mandatos.
E por último, alertamos a população para que atente sobre a gravidade
desse Projeto de Lei do Executivo e suas conseqüências para os cofres
Municipais além da crueldade de usar dois pesos e duas medidas, adotando uma
disparidade salarial incoerente. imoral e injusta;
Para finalizar, nós do SINDICÂMARA desejamos a todos aqueles Vereadores
que vão-se despedir da Casa em 31 de dezembro e àqueles que irão assumir no dia
lº de janeiro, um Feliz Natal e que em 1997 possamos todos trabalhar juntos com
mais diálogo, com mais união e, no mínimo, com mais justiça. Muito obrigada.
(Revisto pela oradora)
O SR. PRESIDENTE: A Mesa consulta se alguma
liderança deseja fazer o uso da palavra. O Ver. Raul Carrion está com a
palavra.
O SR. RAUL CARRION: Sr. Presidente, Srs.
Vereadores e demais presentes. A bancada do PC do B vem se manifestar aqui,
coerente com uma postura que tem assumido em todos os momentos que envolvem
esse tipo de discussão salarial acerca dos servidores municipais.
Nós sempre defendemos, aqui, em diversos momentos, como por ocasião do
reajuste para os técnico–científicos, que entendíamos que esta política de
aumentos diferenciados fere seja a Constituição Federal, seja a Lei Orgânica.
Mais do que isto, ela fere a luta dos trabalhadores pelos seus direitos! Como
já foi dito aqui, a Lei Orgânica em seu art. 34 determina que "fixada a
isonomia de vencimentos ou realizar reclassificações que privilegiam categorias
funcionais em preterição de outras". A Constituição, no seu art.34, inciso
X, determina que a revisão geral da remuneração dos servidores públicos -
federais, estaduais e municipais se dará "sem distinção de índices entre
os servidores públicos civis e militares, far-se-á sempre na mesma data."
Entendemos, então, que legalmente, inclusive, esta política salarial
que o Executivo vem seguindo e este encaminhamento não é algo fora, mas o
aumento para os técnico-científicos, separadamente dos servidores municipais,
já fere a Lei, a Constituição e a unidade dos trabalhadores, Mais do que isto,
nós entendemos que os dissídios são momentos não só de reajuste salariais, mas
momentos de ganhos reais, de ganhos de produtividade, E observamos neste ano,
apesar da tentativa de intermediação desta Casa, que não foi concedido nenhum
aumento real, nenhum aumento além da inflação, que nós sabemos muito maior do
que o percentual de 10 e pouco por cento, é isto o que os servidores municipais
ganharam!
Nós achamos, também, que a postura do Executivo Municipal não tem sido,
no terreno do tratamento com os funcionários públicos municipais, uma atitude
respeitosa para com a categoria. Isso nós temos observado em uma série de
fatos; por exemplo, quando foi concedido um aumento somente para uma parcela
dos técnico-científicos, sendo que o conjunto da categoria foi totalmente
excluído de qualquer benefício; e quando se excluiu os inativos desse benefício
aos técnico-científicos. Exclusão totalmente inconstitucional que, inclusive,
agora o Poder Judiciário acaba de decidir favoravelmente aos funcionários e,
apesar do Poder Judiciário haver dado ganho de causa, o Executivo propôs aos
inativos que renunciassem ao seu direito, em troca de serem colocados
imediatamente na folha de pagamento; depois fez uma outra proposta, de que
renunciassem a 50% do que é o seu direito.
Nós entendemos que tudo isso configura um tratamento inadequado que
nada tem a ver com toda a história do partido que hoje está na direção do
município. Por tudo isso, nós entendemos que discussão desse Projeto não é
somente uma discussão se o salário está sendo pago a um Secretário é alto ou é
baixo. Poderíamos até considerar que dentro do quadro geral não e um ganho
elevado. Mas, nós entendemos que esta questão deve ser tratada na sua
globalidade. Não podemos aceitar que a categoria municipária seja tratada com
essa desconsideração, com esse descaso, com esse desrespeito, como eu considero
existir, e nós demos para uma pequena parcela dos servidores públicos
municipais um aumento, totalmente absurdo, de 53%, neste contexto. Aceitamos
discutir a questão do ganho dos secretários no contexto de uma discussão
salarial de toda a categoria. E a posição do PC do B solidária com a luta dos
municipários e dos trabalhadores da Câmara Municipal. Muito Obrigado.
(Revisto pelo orador.)
O SR. JOÃO MOTTA (Questão de
Ordem): E
uma praxe na Casa que os convidados que usam a tribuna, imediatamente, sentem à
Mesa, para não ficar na informalidade.
O SR. PRESIDENTE: Estão convidados. Por
favor, O presidente do Sindicâmara presidente do SIMPA, Sr. Cesar Pureza. A
Mesa agradece a colaboração de V. Exª. Ver. João Motta.
O SR. ARTUR ZANELLA (Questão
de Ordem):
Aditando a gentileza do Ver. João Motta, eu gostaria que os visitantes tivessem
o prazer de ouvir a palavra do Líder do PT. Assim conheceríamos a posição da
Bancada do Partido dos Trabalhadores.
O SR. PRESIDENTE: Nobre Ver. Artur Zanella, a
Mesa consultou as a lideranças que desejassem fazer uso da palavra. O uso da
palavra é uma faculdade que cada liderança possui se entender o momento
adequado para fazer a sua manifestação, ou não. É uma prerrogativa que, em
filosofia, se chama "livre arbítrio".
O Ver. Dilamar Machado está com a palavra pelo PDT.
O SR. DILAMAR MACHADO: Sr. Presidente e Srs.
Vereadores, há exatamente um ano nesta época, em 95. neste mesma Plenário, a
Bancada do Partido dos Trabalhadores, agora em silêncio, levantou todas as suas
vozes junto com a RBS, particularmente com a Zero Hora, por editorial, com os
Srs. Rogério Mendelski, José Barrionuevo e Lauro Quadros contra o absurdo e
anti-social aumento que este Vereador desejava dar em apenas 20 dias do mês de
dezembro para a categoria dos taxistas de Porto Alegre.
A Vera. Maria do Rosário bradava com todos os seus pulmões que não se
poderia dar um aumento absurdo desses sem consultar o conjunto da sociedade.
Como é que se vai privilegiar taxistas com esse aumento: uma moeda de um quarto
de real, 25 centavos de real. Isso é que aumentaria uma corrida de táxi no mês
de dezembro para os taxistas a titulo de 13º salário que eles não tinham.
O Sr. Lauro Quadros chegou a dizer a todo o pulmão, entrevistando o
Prefeito Tarso Genro, que ele não poderia sancionar essa lei. O Prefeito Tarso
Genro é uma pessoa muito educada, porém, como toda pessoa educada, carrega,
muitas vezes, no fundo da alma, um resquício de maldade pública, dizia:
“Entendo, o Ver. Dilamar Machado é um brilhante Vereador, mas o ano que
vem e um ano eleitoral.” Pois bem, a matéria foi aprovada. Editorial da Zero
Hora: "aquilo era um saque contra o bolso do povo, porque uma categoria
iria se beneficiar 25 centavos numa corrida de trabalho, para uma categoria que
é "autônoma". Porque o taxista realiza o trabalho que o poder público
não realiza, que é obrigação do poder público, que não o faz e transfere para
terceiros e os deixa abandonados sem direito à férias remuneradas, sem direito
a 13º repouso semanal remunerado, adicional noturno, etc.
Pois bem, como diria o meu saudoso ex-colega C1óvis Brum nada como um
ano após o outro. Em pleno mês de dezembro, na mesma época, o silêncio absoluto
da Bancada do Partido dos Trabalhadores. Inclusive da nossa campeã de votos
Maria do Rosário, nenhuma palavra.
Vinte e sete mil servidores do Município estão com reajuste de 0,29%,
representa pouco mais de 80 centavos para quem ganha a média salarial do
Município de 300 reais.
No entanto, os Secretários, e não só eles, mas os futuros Secretários
já se submeteram. E deve ter sido tão bom que a maioria dos que se submeteram
ao ridículo salário de 2.540 reais querem continuar. E lutam desesperadamente
para continuar. E muitos já conquistaram essa condição. A maioria do
Secretariado de Tarso Genro continuará no mesmo cargo no Secretariado de Raul
Pont, mas precisam de aumento para 3.900 reais, 30% fica para o Partido dos
Trabalhadores. E aos servidores do Município, 0,29% de bimestralidade.
Quero dizer aos Srs. Vereadores que, obviamente estou-me despedindo desta
Casa, vou manter na última votação deste Projeto a coerência que sempre tive,
sou servidor do Município, funcionário público aposentado após 35 anos de
atividades e digo o que ganho. E a única aposentadoria que levo da vida
pública, 727 reais, por 35 anos de atividade Não sou melhor nem pior que
ninguém, mas sou advogado, sou professor universitário, desempenhei cargos da
maior importância na vida pública e saio da vida política com aposentadoria
municipal de 727 reais. É aposentadoria que tenho e é a única. Posso olhar nos
olhos dos meus eleitores, do povo de Porto Alegre, não saio desta vida com
nenhuma sinecura. Nada levo em favor, apenas a aposentadoria dos 35 anos em que
estive vinculado ao Poder Executivo Municipal, boa parte deles desempenhados com
mandatos políticos.
Eu quero dizer aos Senhores Vereadores e principalmente aos Srs.
Municipários, que com o meu voto esta matéria não será aprovada. Espero que a
maioria desta Casa tenha a sensibilidade, em nome da população de Porto Alegre,
de dizer não a demagogia, Porque se hoje os Secretários Municipais ganham o que
consideram pouco, que o Sr. Tarso Genro o diz que e pouco, e porque o Sr.
Olívio Dutra resolveu em um ato de extrema demagogia, que alias caracteriza as
ações públicas do Partido dos trabalhadores, dizer que estavam ganhando muito,
tinham que reduzir. Quem reduziu os salários dos Secretários Municipais foi o
Partido dos Trabalhadores que entendeu que isso era correto. Que continue
correto, não leve a Casa a agredir 27 mil servidores municipais para beneficiar
duas dezenas de Secretários Municipais, Muito obrigado.
(Não revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE: O Ver. João Dib esta com a
palavra. Para a Comunicação de Liderança.
O SR. JOÃO DIB: Sr. Presidente, Srs.
Vereadores. Eu diria: “O tempora! O mores!” Na realidade, esta proposição
Prefeitural, eu não consigo entender, porque manda, mais uma vez, um Projeto de
Lei aquinhoando os que mais ganham. E eu tenho absoluta tranqüilidade de me
rebelar contra os posicionamentos da Administração Prefeitural.
Eu fui Prefeito, e era engenheiro aposentado da Prefeitura, e como,
engenheiro aposentado da Prefeitura, seis vezes Secretário, duas vezes
Assessor- Engenheiro, e, simultaneamente fui Assessor-Engenheiro e Diretor do
DMAE, e ganhava mais do que o Prefeito. O Ver. Elói Guimarães fez uma Emenda,
tirando o limite do salário do Prefeito e passei a ganhar mais do que o
Prefeito. Hoje, a Prefeitura, que colocou mais sete ou oito mil servidores,
depois que saí de lá, paga-me a terça parte do que ganha o Prefeito. E o
Prefeito que ganhava a metade do que ganhavam os Vereadores, ganha uma vez è
meia. Não estou mais entendendo o que acontece. Será que aqueles que ganham
300, 400, 500, 727 reais, não têm necessidade de mais nada? Ou será que os
engenheiros da Prefeitura que são os que trabalham, os que fazem, os médicos,
engenheiros, os servidores em geral, também não ganham pouco? Será que o
Prefeito, quando assina um documento, dizendo que os Secretários são
incompetentes, porque não pode pagar bem e não podem assumir responsabilidades
não sabe ele que as responsabilidades são carregadas pelos servidores
municipais e não pelos Secretários? Tudo muito bem.
Eu vou votar contrariamente ao Projeto, mas, por via das dúvidas, e até
para testar quem votar favoravelmente, eu quero ver quem vota contrário a que
se dê 5,3%, 10% daquilo que o Prefeito está propondo para os seus Secretários.
E não se diga que a Prefeitura não tem dinheiro, porque no ano passado o
superávit foi de 10 milhões de reais, e o Dr. Arno Augustin anuncia, com glória
e satisfação, que outros 10 milhões de reais acontecerão de superávit neste
ano, Até estou achando pouco para quem, recentemente, tinha 60 milhões no
sistema financeiro. Realmente, é muito difícil de entender. Agora, quero testar
a seriedade, a dignidade, a coerência daqueles que votarem a favor do aumento
dos Secretários. É um teste, é o momento da verdade, e eu, com a mesma
tranqüilidade das outras vezes, quando votei contrariamente aos aumentos dos
melhores aquinhoados, mas não bem pagos, sempre votei contra, vou votar contra
os Secretários. Eu espero que, se o Projeto for aprovado, pelo menos, a minha
Emenda o seja também, com o mesmo número de votos. Que todos os jovens aqui
dessa Bancada deste lado sejam coerentes nos seus votos. Sentindo a necessidade
dos Secretários, que sintam também a importância dos servidores para que os
Secretários existam. Sem servidores não tem nem Prefeito e nem Secretários.
Depois tem outra coisa, esse Projeto de Lei está muito mal-escrito, mas o Prefeito
diz que eles não puderam trabalhar bem porque não estavam bem pagos, mas
excluem os servidores municipais. O servidor municipal que dá sua vida e
trabalha de repente é retirado, é excluído, porque não é amigo do rei. Por que
ele é excluído? Não sei bem, mas acho muito justo que aqueles que deram a sua
vida, trabalharam e serviram à Prefeitura e à Cidade têm o direito de crescer e
não cada vez mais serem diminuídos na suas oportunidades. Este Processo e
excludente. Muito obrigado.
(Não revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Mário
Fraga):
Nós, da Câmara Municipal, sentimo-nos à vontade para dizer que estaremos sempre
à disposição do SIMPA e do SINDICÂMARA, principalmente, para o que precisarem.
Estão suspensos os trabalhos. (9h44min)
O SR. PRESIDENTE: (Às 9 h 46
min) Estão
reabertos os trabalhos.
O SR. ELÓI GUIMARÃES
(Requerimento): Sr. Presidente, requeiro, que no curso dos trabalhos do dia hoje V.Exa
informe a este Vereador sobre o Projeto de minha autoria, PLL n.º 116/95,
protocolado em 16.10.95, desarquivado neste ano e em tramitação. Está
desaparecido e eu quero que me informem sobre os dados, pois estamos
recompondo, a duras penas, um novo projeto.
O SR. PRESIDENTE: A Mesa informa e V.Exa tem
pleno conhecimento porque está diligenciando e colaborando com a Diretoria
Legislativa, este Processo foi reconstituído por ter sido extraviado e a data
de sua reconstituição é de 05.12.96, conforme protocolo. Há um Parecer ao
Projeto, com a Emenda n.º 1, no entanto, Emenda n.º 1, não aparece, dificulta a
inclusão do processo na Ordem do Dia.
O SR. ELÓI GUIMARÃES: Sr. Presidente, eu preciso
saber o órgão onde se encontrava o Projeto.
O SR. PRESIDENTE: Não sei se V. Exª. já teve
acesso, o Coordenador da ATP encaminhou o Processo ao Relator Ver. Antonio
Hohlfeldt em 28 de maio de 1996.
O SR. DILAMAR MACHADO
(Requerimento): Sr. Presidente, desconheço, se existem·inscritos para a Pauta, mas
solicito no sentido de que ocorra um acordo entre as Lideranças, que entremos
imediatamente na Ordem do Dia, dispensando a discussão de Pauta, para que
possamos, efetivamente, justificar a convocação extraordinária.
O SR. PRESIDENTE: Passamos para o período da
PAUTA - DISCUSSÃO PRELIMINAR
2ª SESSÃO
PROC. 2487/96 - PROJETO DE: LEI DO LEGISLATIVO N.º
154/96, de
autoria do Ver. Nereu D’Ávila, que denomina Rua Silvestre Félix Rodrigues um
logradouro irregular. localizado no Conjunto Residencial Costa e Silva, no
Bairro Rubem Berta.
PROC. 2678/96 - PROJETO DE; LEI DO LECISLATIVO N.º
159/96, de
autoria do Ver. Airto Ferronato, que denomina Av. Ricardo Leônidas Ribas um
logradouro irregular, localizado no Parque Industrial da Restinga.
PROC. 2972/96 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N.º
174/96, de
autoria do Ver. Luiz Braz, que inclui artigo na Lei n.º 7.023, de 16 de abril
de 1992, que denomina Largo Jornalista Glênio Peres o local situado entre o
Mercado Público Municipal e a Praça XV de Novembro.
PROC. 3017/96 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N.º
175/96, de
autoria do Ver. Dilamar Machado, que denomina Rua Dr. Arno Horn um logradouro
público, localizado no Bairro Restinga. Urgência.
PROC. 3057/96 - PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR DO
LEGISLATIVO N.º 022/96, de autoria do Ver. Paulo Brum, que toma obrigatória a instalação, nas
agências, postos e nos postos de atendimento bancário eletrônico, de pequena
escada móvel, abaixo dos balcões de atendimento e nos terminais, para o uso de
pessoas portadoras de nanismo, e dá outras providências.
3ª SESSÃO
PROC. 3012/96 - PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO N.º
068/96, que
autoriza a Prefeitura Municipal de Porto Alegre a contratar operação de crédito
com a Caixa Econômica Federal - CEF, visando a implementação, no Município de
Porto Alegre, do Programa de Saneamento - PRÓ-SANEAMENTO, e dá outras
providências. Urgência.
PROC. 3013/96 - PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO N.º
069/96, que
autoriza o Po der Executivo Municipal a contratar operação de crédito com a
Caixa Econômica Federal visando a implementação, em nossa Cidade, do Programa
PRÓ-MORADIA, e da outras providências.
O SR. PRESIDENTE: A palavra com o Ver. Artur
Zanella que está inscrito em Pauta.
O SR. ARTUR ZANELLA: Sr. Presidente. Srs.
Vereadores, para uma discussão rápida de Pauta. Eu não quero me tornar o
revisor desta Casa e nem "ombudsman”, mas só para que nós possamos votar
com tranqüilidade, por que o nosso espelho está errado no Projeto de Lei do
Ver. Luiz Braz.
O Ver. Luiz Braz apresenta um Projeto de Lei e no espelho diz: “...
inclui artigo na Lei nº 7.023, de 16 de abril de 1992, que denomina Largo
Jornalista Glênio Peres o local situado entre o Mercado Público Municipal e a
Praça XV de Novembro. "Então, dá a impressão que o Ver. Luiz Braz quer
denominar o Largo como Glênio Peres e não é isso.
Na Lei já aprovada por esta Casa, no tempo do Olívio Dutra já existe:
“Glênio Peres defensor intransigente do direito à vida." O Ver, Luiz Braz
quer incluir mais ainda: "Terreiro Público Cultural Afro Brasileiro”. É um
adendo que o Ver. Luiz Braz quer colocar. Vou votar a favor, tanto pelo Ver.
Luiz Braz, como para o Glênio Peres e para as comunidades afro-brasileiras.
Em segundo lugar, o Ver. Airto Ferronato faz uma homenagem ao Dr.
Ricardo Leônidas Ribas, que foi um grande amigo que tive na minha vida, e o
Vereador diz o seguinte: " As placas denominativas conterão, abaixo, nos
seguintes termos, empresário emérito. O Dr. Ricardo Leônidas Ribas foi tudo na
vida, foi Vereador, foi Prefeito de Santo Ângelo, Deputado Estadual, Presidente
do Meridional, tudo na vida, menos empresário emérito. Se ele foi empresário
foi da sua atividade.
O Sr. Airto Ferronato: V. Exª. me permite um
aparte? ( Assentimento do orador.)
Agradeço a preocupação de Vossa Excelência, estamos abertos para
apresentarem uma emenda. Na verdade, os dizeres basearam-se num documento que
recebi.
O SR. ARTUR ZANELLA: Vou votar a favor do Projeto
do Ver. Dilamar Machado, que dá o nome de Arno Horn a uma avenida na Restinga,
só que não me cobrem depois, porque essa avenida, segundo informações do
próprio Ver. Dilamar Machado já é denominada Estrada do Barro Vermelho e há uma
série de pessoas que já têm escritura, contratos, etc., com esse nome.
Vou votar a favor, Ver. Dilamar Machado, mas depois não diga que não
sabia, porque algumas pessoas terão que mudar os seus contratos sociais,
escrituras e documentos, para essa denominação que muda o nome da Estrada do
Barro Vermelho que é consagrada pelo povo da Restinga. Muito obrigado.
(Não revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE: O Ver. Mário Fraga esta com
a palavra, para discutir a Pauta.
O SR. MÁRIO FRAGA: Sr. Presidente, Srs.
Vereadores, venho à tribuna para falar do PLE n.º 069/96. Querido amigo Adaucto
Vasconcellos que fez tantas anotações da outra vez. Tenho falado muito sobre
esse Processo nos últimos dias aqui na Câmara, que diz respeito às verbas do
empréstimo da Caixa Econômica Federal em que consta noventa e seis habitações
para o Jardim Vila Nova, em que o Vice-Presidente é meu irmão. Estávamos
defendendo a comunidade. Ontem, em uma Assembléia Geral com quase quatrocentas
pessoas, os Srs. Vereadores que tem acompanhado o assunto, pasmem, a comunidade
aceitou que os Vereadores dêem um voto de confiança à Administração Popular, e
o Ver. João Verle foi o autor da façanha, ele esteve conosco lá, desde as
8h30mim até as 1l h, futuro Diretor do DEMHAB, foi com o Prefeito eleito Raul
Pont, sabendo que ele estaria lá, como Vereador e como futuro Diretor do DEMHAB
e conseguiu convencer a comunidade que vai esgotar todos os recursos num
processo de discussão para que sejam implantadas aquelas noventa e seis
unidades lá no Jardim Vila Nova. Já que a comunidade já apresentou dossiê
comprovando que não há infra-estrutura para tal, não há vagas na escola, não há
vagas na creche, a infra-estrutura referente ao saneamento e rede de água já
está obsoleta, em desgaste, o que é natural na Cidade, pois não foi trocada
ainda. Então, gostaria de comunicar e deixar registrada a façanha do Ver. João
Verle, da qual, inclusive, este Vereador foi avalista da sua pessoa, pois para
mim, que o conheço há quatro anos aqui dentro, é uma pessoa de palavra, de
respeito e se comprometeu com a comunidade dizendo que iria até o fim e que, se
não houvesse infra-estrutura para tal, não faria o Projeto lá. Pediu para
solicitar aos Vereadores para que fosse aprovada essa verba, esse processo, de
n.º 3013, para que a Cidade não perdesse os 10 milhões da Caixa Estadual, que
envolve mil famílias e, no caso do Jardim Vila Nova, seriam apenas 96. Eu já
tinha falado até com alguns Vereadores, o Ver. Paulo Brum é um deles e o Ver.
Milton Zuanazzi é o outro, fora os que já estavam no processo para o
reassentamento de 1000 famílias.
O Ver. Paulo Brum e o Ver. Milton Zuanazzi já tinham se comprometido
comigo de votar contra, que seria difícil para eles e também para mim, mas como
eu conheço bem a região e, graças a Deus, aqui na Casa ainda tenho
credibilidade, tenho quase certeza de que conseguiríamos derrubar esse
processo, Para a nossa satisfação, vamos continuar assim, sem ter que brigar,
só gostaria de deixar registrado bem o que aconteceu ontem: eu, o Ver, Luiz
Negrinho, o Ver. Nereu D'Ávila e o Ver. João Verle, estivemos com a comunidade,
tinha mais de 400 famílias lá, e o Ver. João Verle conseguiu convencê-los da
aprovação do Projeto e que, quando assumir a diretoria do DEMHAB, com o
dinheiro no cofre, que é importante na Cidade, vai discutir até as últimas
instâncias. Fica aqui o meu registro e também os meus parabéns à conduta do
Ver. João Verle, que sempre foi satisfatória nesta Casa, e agora como futuro
diretor do DEMHAB,
(Não revisto pelo orador.)
SR. PRESIDENTE: O Ver. Elói Guimarães está
com a palavra para discutir a pauta.
O SR. ELÓI GUIMARÃES: Sr. Presidente e Srs.
Vereadores, a minha intervenção diz respeito ao PLL 174/96, de autoria do Ver.
Luiz Braz, que pretende incluir Artigo na Lei 7.023, que denomina Largo Glênio
Peres, o local situado entre o Mercado Público Municipal e a Praça XV de
Novembro. Pretende o ver. Luiz Braz denominar Terreiro Público Cultural
Afro-brasileiro.
Eu devo dizer que, numa homenagem que fazíamos ao ao grande Vereador,
Jornalista, Poeta Glênio Peres, quando inaugurávamos aqui, o Salão Glênio
Peres, chegou próximo a mim, na hora de fazer o discurso, naquela solenidade,
uma Ex - Diretora desta Casa, a Da. Cotinha; e ela me disse: "Agora,
quando tu falares, propõe que aquele Largo se chame Glênio Peres." Eu
repondi: "Muito bem, a Senhora me dá uma boa contribuição." E, no meu
discurso, eu disse que iria entrar com um Projeto de Lei, denominando aquele
Largo de Glênio Peres.
Logo em seguida, o Prefeito encaminha à Casa um Projeto denominando
Largo Glênio Peres. Imediatamente, tratando-se do fato de eu ter sido
companheiro do Ver. Glênio Peres, sustei, aqui, o meu Projeto e tramitou o
Projeto do Executivo. Em última análise, retirei o meu Projeto, porque entendi
que teria muito mais significado partir um Projeto homenageando o Ver. Glênio
Peres, lá do Executivo do que aqui do Legislativo. Eu tenho comigo o Projeto,
está nos arquivos da Casa isso que votou relatando. O Largo Glênio Peres é o
espaço, do ponto de vista da sua denominação, indefectível. Não se pode ali
encontrar outro espaço e colocar-se outra denominação. A homenagem que o Ver.
Luiz Braz quer prestar ao Terreiro Público Cultural Afro-Brasileiro tem
procedência. Homenagem tem que ser feita. Mas não ali .Porque juridicamente,
sociologicamente ali já está consagrado pela população legalmente tratar-se- de
Largo Glênio Peres. Do ponto de vista jurídico, legal, de todo um envolvimento
público, sociológico, não se pode pulverizar aquela área com outras
denominações, porque isso criaria dificuldades e não seria adequado sobre uma
área já denominada fazer a inserção de um espaço como esse que pretende o Ver:
Luiz Braz: tornar ali Terreiro Público Cultural Afro-brasileiro. No momento
oportuno traremos as razões antecipadas pelas quais não acompanharemos esse Projeto.
Muito obrigado.
(Não revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE: Passamos à
ORDEM DO DIA
O SR. GUILHERME BARBOSA
(Requerimento): Requeiro a V. Exª. e votemos inicialmente os requerimentos e em
seguida os processos.
O SR. PRESIDENTE: A Mesa recebe o Requerimento
de V. Exª.
SR. ARTUR ZANELLA
(Requerimento): Requeiro que o PLCL n.º 20/96 e PLCL n.º 21/96 (fl. 8 e fl. 9), sejam
votados por último, para que possam ser discutidos melhor. E gostaria de saber,
antes de votar o Requerimento, do Ver. Guilherme, que requerimentos têm tão
grande pressa para que sejam vota os antes dos processos.
O SR. PRESIDENTE: A Mesa informa que além de
moções diversas, existe um Requerimento do Ver. Guilherme Barbosa que requer a
urgên ia do processo que autoriza contratação de crédito com a Caixa Econômica
Federal de R$10.218.715,76 pró-moradia.
Em votação o Requerimento do Ver. Guilherme Barbosa, adendado pelo
Requerimento do Ver. Artur Zanella. Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que
o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.
O SR. ARTUR ZANELLA
(Requerimento):
Como, discussão de Moções sempre tem emoções fortes. Normalmente, demanda um
certo tempo e estamos com problema de tempo, o Requerimento que faço é que,
atendido o Requerimento do Ver. Guilherme Barbosa, voltemos à ordem natural da
Ordem do Dia, votando os Projetos. Obrigado.
O SR. PRESIDENTE: Já há um entendimento desde
ontem, com todos os Vereadores, para que as moções ordinárias sejam votadas nas
Sessões Ordinárias, bem entendido o sentido da expressão “moções
ordinárias", aquelas que tratam de votos de apoio, de louvor, de repúdio.
A Mesa adota o seguinte critério: aquelas que forem encaminhadas,
faremos destaque , e passaremos para mais tarde. Ficaria bem assim? As que não
tiverem destaque, votamos. Quem pedir destaque, tem intenção de discutir, então
passa para a tarde, durante a Sessão Ordinária.
(Obs.: Foram lidos e aprovados os requerimentos constantes de Ata.)
VOTACÃO NOMINAL
1º TURNO
PROC. 2575/96 - PROJETO DE EMENDA a LEI ORGÂNICA N.º
004/96, de
autoria do Ver. Fernando Záchia, que acrescenta o inciso XX ao art. 94 da Lei
Orgânica do Município de Porto Alegre, e dá outras providências. (prazo para o
Prefeito manifestar-se quanto a Pedido de Providências)
Observações:
- para aprovação, voto favorável de dois terços dos
membros da CMPA em ambos os turnos - Art. 130, § 6º, do Regimento da CMPA;
- votação nominal nos termos do Art. 174, II, do
Regimento da CMPA; incluído na Ordem do Dia nos termos do Art. 81 da LOM.
O SR. PRESIDENTE: Requerimento, de autoria do
Ver. Fernando Záchia, solicitando o adiamento da votação, do PELO no 04/96, por
uma Sessão. Em votação.(Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam
sentados, APROVADO .
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO
PROC. 2518/95 - PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR DO
LEGISLATIVO N.º 030/95, de autoria do Ver. Artur Zanella que dispõe sobre a regularização de
construções no Município de Porto Alegre, e da outras providências. Com Emendas
n.ºs 0l e 02.
Pareceres
- da CCJ. Relator
Ver. José Valdir: pela aprovação do Projeto e da Emenda n.º 01.
Observações:
- para aprovação, voto favorável da maioria absoluta
dos membros da CMPA - Art. 82, § 1º, I, da LOM;
- incluído na Ordem do Dia por força do Art. 81 da
LOM;
- discutiu a matéria o Ver. Artur Zanella;
- adiada a discussão por três Sessões.
O SR. PRESIDENTE: A Mesa apregoa Emenda de autoria do Vereador Artur Zanella de n.º
03 ao PLCL n.º 03/95.
Discussão geral e votação do PLCL 030/95. Não havendo quem queira
discutir, colocamos em votação. (Pausa) (Após a chamada.) APROVADO o PLCL
030/95, por 17 votos SIM e 03 votos NÃO.
Emenda nº 01; Em votação, (Pausa.) Os Srs. Vereadores que aprovam
permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADA.
Emenda nº 02; Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que provam
permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADA.
Emenda nº 03; Em votação. (pausa) Os Srs. Vereadores que aprovam
permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADA.
O Ver. Décio Schauren requer Licença para Tratamento de Saúde,
encontrando-se impossibilitado de assumir no dia de hoje. Tendo em vista o
pedido de licença do Ver. Décio Schauren nós damos posse,·em sua substituição,
ao Ver. Gerson Almeida, que neste momento assume a CECE, e convidamos V. Exª. a
tomar lugar junto à sua Bancada,.
O SR. ARTUR ZANELLA: (Requerimento) Sr. Presidente,
o próximo Projeto a ser votado da pág. 6 é o PLCE n.º 003/96, que altera o
limite da área funcional e que deu um debate muito grande, nesta Casa, e temos
aqui um relatório do Ver. Lauro Hagemann da CUTHAB.
Eu não tenho e não vi esse Relatório, mas julgo ser ele muito complexo.
Portanto gostaria que esse Projeto só fosse votado depois que o Plenário
tivesse conhecimento desse Relatório e que se estudasse um pouco, porque se
trata da mudança do Plano Diretor.
O SR. PRESIDENTE: Essa Presidência só pode
receber qualquer alteração da ordem de votação se receber a manifestação de V.
Exª., com um requerimento para votá-lo em último lugar.
O SR. ARTUR ZANELLA: Então, faço o Requerimento
neste momento.
O SR: PRESIDENTE: Nós recebemos o
Requerimento de V. Exª.
O SR. JOCELIN AZAMBUJA
(Requerimento): Eu quero adendar ao Requerimento do Ver. Artur Zanella que os
Projetos, também, de minha autoria, fossem passados para o final, uma vez que
agora estou me retirando do Plenário, Sr. Presidente, porque tenho que
comparecer à Comissão de Educação. Convido os membros da Comissão de Educação a
me acompanharem porque nós temos uma reunião com a Secretária de Educação do
Município que já se encontra nas dependências da Câmara. Nós temos que nos
retirar para cumprir os compromissos da Comissão, para ouvirmos a Secretária.
O SR: PRESIDENTE: Colocamos em votação o
Requerimento, deixando em último lugar o PLCE n.º 003/96, (fl. 6) o PLL n.º
139/94, o PLL n.º 062/95 , o PLL n.º 117/95, de autoria do Ver. Jocelin
Azambuja. Em votação. (Pausa.) Os Senhores Vereadores que estiverem a favor
permaneçam como estão. APROVADO
O SR. JOÃO DIB: Sr. Presidente, neste
Projeto do Ver. Artur Zanella, as Emendas foram votadas em bloco?
O SR: PRESIDENTE: Não, foram votadas uma a
uma.
O SR. AIRTO FERRONATO
(Esclarecimento): Fazendo- se um pedido de adiamento por uma sessão do PLCL n.º 13/96
ele seria votado hoje a tarde?
O SR. PRESIDENTE: Não, somente na Sessão de
amanhã.
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO
PROC. 1923/96 - PROJETO DE LEI COMPLEMENTAR DO
LEGISLATIVO N.º 013/96, de autoria do Ver. Airto Ferronato, que altera dispositivos da Lei
Complementar n.º 07/73; define base de cálculo e alíquota do IPTU para imóveis
localizados na zona urbana do Município, com utilização na produção agrícola, e
dá outras providências.
Observações:
- para aprovação, voto favorável da maioria absoluta
dos membros da CMPA - Art. 82, § 1º, I, da LOM;
- incluído na Ordem do Dia por força do Art. 81 da
LOM;
- discutiram a matéria os Vereadores A. Ferronato,
P. A. Leal e J. Verle.
O SR. PRESIDENTE: Em votação Requerimento, do
Ver. Airto Ferronato, solicitando o adiamento de discussão do PLCL no 013/96,
por uma Sessão. (Pausa.) Os Senhores Vereadores que o aprovam permaneçam
sentados. APROVADO.
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO
PROC. 0020/93 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N.º
001/93, de
autoria do Ver. Décio Schauren, que cria o Bairro Lomba do Pinheiro e altera a
Lei n.º 6720, de 21 de novembro de 1990. Com Substitutivo n.º 01.
Pareceres:
- da CCJ. Relator
Ver. Fernando Záchia: pela rejeição do Projeto e aprovação do Substitutivo n.º
01;
- da CEFOR Relator
Ver. João Dib: pela rejeição do Projeto e aprovação do Substitutivo n.º 01;
- da CUTHAB. Relator Ver. Pedro Ruas: peia
rejeição do Projeto e aprovação do Substitutivo n.º 01;
- da COSMAM. Relator Ver. Paulo Brum: pela
rejeição do Projeto e aprovação do Substitutivo n.º 01.
Observações:
- para aprovação, voto favorável da maioria absoluta
dos membros da CMPA - Art. 82, § 1º, IV, da LOM.
O SR. EDI MORELLI: Gostaria de saber se junto
ao processo do Projeto original ou Substitutivo, consta o abaixo-assinado de
moradores da Lomba do Pinheiro, pedindo que seja criado o Bairro Lomba do
Pinheiro.
O SR. PRESIDENTE: Embora não seja exigência
legal, porque e em relação a Bairro - é um longo e extenso processo - consta,
sim, o abaixo-assinado.
O SR. JOÃO DIB: Requeiro votação nominal.
O SR. PRESIDENTE: Em discussão. Não havendo
quem queira discutir, em votação o Substitutivo n.º 01 ao PLL n.º 001/93. (Após
a chamada.) APROVADO o Substitutivo n.º 0l por 20 votos SIM. Fica prejudicado o
Projeto original. Não há emendas.
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO
PROC. 2196/95 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N.º
113/95, de
autoria da Ver. Maria do Rosário, que estabelece normas para a aquisição de
obras de arte pelo Poder Público Municipal. Com Emendas n.ºs 01, 02, 03 e 04.
Pareceres
- da CCJ. Relator Ver. Darci Campani: pela
aprovação do Projeto; Relator Ver. Wilton Araújo: pela aprovação das Emendas
n.ºs 01, 02, 03 e 04;
- da CEFOR. Relator Ver. Antonio Hohlfeldt:
pela aprovação do Projeto e das Emendas n.ºs 01, 02, 03 e 04;
- da CUTHAB. Relator Ver. Pedro Ruas: pela
aprovação do Projeto e das Emendas n.ºs 01, 02, 03 e 04;
- da CECE. Relator Ver. Nereu D'Ávila: peia
aprovação do Projeto e das Emendas n.ºs O1, 02, 03 e 04.
O SR. PRESIDENTE: Em discussão, (Pausa). Não
há quem queira discutir. A Verª. Maria do Rosário está com a palavra para
encaminhar.
A SRª. MARIA DO ROSÁRIO: Sr. Presidente e Srs.
Vereadores, eu encaminho no sentido de dar ciência aos colegas de que o Projeto
trata do estabelecimento de comissão especifica para aquisição de obras de
arte. Saibam os Senhores, que todas as obras de arte, adquiridas pelo
Município, sejam elas por compra ou por doação, passam a fazer parte do acervo
público do Município e, portanto, é preciso que se tenha o trabalho de ter o
valor estético apurado, o que nem sempre é possível no caso das doações.
Inscrevo-me, especialmente, neste encaminhamento, no sentido de salientar que
não tenho opinião favorável às Emendas do Ver. Antonio Hohlfeldt, porque no
Projeto eu apresentei uma idéia de que essa comissão de aquisição de obras de
arte deve ter a participação de pessoas de notório saber, que venham do meio
das artes, ou seja, produtores ou especialmente artistas plásticos. O Ver.
Antonio Hohlfeldt retira, no Projeto de Lei, através de suas Emendas, e somente
faz isso, nas três Emendas,. característica das Emendas do Ver. Antonio
Hohlfeldt é essa: ele retira a participação de entidades de representantes de artistas
plásticos da comissão de aquisição. Ora se queremos constituir essa comissão é
para o bem do acervo público artístico do nosso Município, mas também para que
se dê transparência absoluta nessa aquisição e não mais o gerenciador. O órgão
gerenciador das políticas públicas da área da cultura, no caso a Secretaria
Municipal de Cultura tenha a prerrogativa de adquirir as obras dentro do valor
estético definido pela Secretaria tão-somente.
Eu solicito que os Senhores aprovem o projeto sem as Emendas do Ver.
Antonio Hohlfeldt, que são restritivas das entidades de artistas plásticos.
Muito obrigada.
(Não revisto pela oradora.)
O SR. PRESIDENTE: Em votação o PLL n.º
113/95. Os Srs. Vereadores que estiverem a favor permaneçam sentados. (Pausa.)
APROVADO
Em votação a Emenda no 1 ao PLL n.º 113/95, Os Srs. Vereadores que
aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADA.
A SRA. MARIA DO ROSÁRIO: Sr. Presidente, foi muito
rápida a votação da Emenda n.º 1, daria para repetir?
O SR. DILAMAR MACHADO:
(Questão de Ordem): Eu peço verificação de votação do Projeto.
O SR. PRESIDENTE: Parece, Vereador, que o
entendimento é de que houve problema com a Emenda e não com o Projeto.
O SR. EDI MORELLI (Questão
de Ordem):
Sr. Presidente, eu solicito Revisão de Votação do Projeto.
O SR. PRESIDENTE: A revisão de votação não
existe no perfil jurídico do Regimento, pelo que, eu sou obrigado a indeferir.
A Mesa faz um apelo aos Srs. Vereadores para que colaborem com a Mesa,
nós temos longas Sessões Extraordinárias, com inúmero projetos.
Está claro, Vereador que a votação do projeto foi muito clara.
O SR. EDI MORELLI: Mas foi muito rápida.
O SR. MILTON ZUANAZZI
(Questão de Ordem): Houve a votação do Projeto, que foi aprovada. Votaram a Emenda n.º 1,
que também foi aprovada simbolicamente. O Projeto já está aprovado.
O SR. PRESIDENTE: Srs. Vereadores, vou pedir
para que V.Exas mantenham a calma, ate porque Vereador, a Mesa já tinha dado a
posição. Se V.Exa pedir a Verificação de Votação de um processo não encerrado,
do Projeto original, mesmo que já tenha sido votada a Emenda pode se fazer a
verificação tanto do Projeto como da Emenda.
A Mesa reitera o deferimento de fazer votação nominal do Projeto e
respectiva Emenda. (Após chamada). Por 20 votos SIM e 01 ABSTENÇÃO. APROVADO o
PLL n.º 113/95.
Antes de votar a Emenda no 01, colocamos em votação o Pedido de Licença
do Ver. João Verle que solicita Licença para Tratamento de interesse
particular.
Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados.(Pausa) APROVADO.
A Mesa declara empossado o Suplente João Pirulito em substituição ao
Ver. João Verle, nos termos regimentais, e integrará a CEFOR.
Quanto à Emenda n.º 01 já tinha sido pedida sua Verificação de Votação
e Requerida pelo Ver. Milton Zuanazzi.
O SR. MILTON ZUANAZZI: Eu mantenho o Requerimento
de Verificação de Votação da emenda n.º 01, ao PLL n.º 113/95.
O SR. PRESIDENTE: Verificação de Votação da
Emenda n.º 1, aposta ao PLL n.º 113/95. (Após a chamada). REJEITADA a Emenda
n.º 1 por 15 votos NÃO 05 votos SIM 02 ABSTENÇÕES.
Em votação nominal a Emenda nº 2, ao PLL n.º 113/95, (Após a chamada).
REJEITADA a Emenda n.º 2 por 13 votos NÃO, 07 votos SIM 01 ABSTENÇÃO.
Em votação a Emenda n.º 3, aposta ao PLL n.º 113/95. (Pausa. ) Os Srs.
Vereadores que a aprovam permaneçam sentados.(Pausa.) REJEITADA.
Em votação a Emenda n.º 4, aposta ao PLL n.º 113/95. (Pausa.) Os Srs.
Vereadores que a aprovam permaneçam sentados.(Pausa.) APROVADA.
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO
PROC. 2222/95 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N.º
115/95, de
autoria do Ver. Luiz Braz, que dispõe sobre o fornecimento, por parte dos
motoristas de táxi do Município, de recibo de prestação de serviço ao usuário
de táxi. Com Emendas n.º 01 e 02.
Pareceres
- da CCJ. Relator Ver. Isaac Ainhorn: pela
aprovação do Projeto e das Emendas n.ºs 01 e 02;
- da CEFOR. Relator Ver. Antonio Hohlfeldt:
pela aprovação do Projeto e das Emendas n.ºs 01 e 02;
- da CUTHAB. Relator Ver. Clovis Ilgenfritz:
pela aprovação do Projeto e das Emendas n.ºs 01 e 02;
- da CEDECONDH. Relatora Verª. Maria do
Rosário: pela aprovação do Projeto e das Emendas n.ºs 01 e 02.
O SR. PRESIDENTE: O Ver. Elói Guimarães está
com a palavra para discutir.
O SR. ELÓI GUIMARÃES: Sr. Presidente, Srs.
Vereadores, entendo que, embora as intenções boas do autor, se cria imensas e
intransponíveis dificuldades esse tipo de atividade e de serviço.
Imaginem o taxista: que mecanismo ele vai ter, que recibo ele vai
fornecer? Se começarmos a burocratizar, chegaremos a conclusão de que devemos
pedir também para os passageiros de ônibus que, ao passar pela roleta, tenham
recibo do pagamento efetuado.
Então, é um Projeto que eu não conheço muito bem, e tenho uma relação
muito grande na área dos taxistas, isso é público e notório.
Não sei a quem interessa esse Projeto e em nome de que criar-se essa
burocracia para dar recibo. Seria a questão ligada a possíveis irregularidades
cometidas pelo taxista? Há outros mecanismos que se podem utilizar, Então, eu
não vejo maior sentido neste Projeto, Além do mais, ele vai criar "n"
dificuldades para um serviço que é de utilidade pública., onde há um razoável
interesse na Cidade, com razoável nível de serviço. Então, me parece que é
criar dificuldades a uma categoria que está penalizada. E é bom que se diga
que, neste ano, foram mortos quatro taxistas, cumprindo o seu dever,
trabalhando à noite.
Afinal, que recibo é este? Ele trará o recibo no bolso? Ele tem caneta
para fazer o recibo? Quanto tempo este recibo vai demandar para um trabalhador
que precisa ter uma dinâmica na sua atividade? Então, me parece ser um Projeto
desnecessário, absolutamente contrário aos interesses dos taxistas. Muito
obrigado.
(Não revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE: O Ver. Luiz Braz está com a
palavra, para discutir.
O SR. LUIZ BRAZ: Sr. Presidente e Srs.
Vereadores, o pronunciamento do Ver. Elói Guimarães não faz jus à inteligência
e o, conhecimento que tem o Vereador, porque ele diz que este Projeto não tem
significado, que não tem efeito. Ora, nós sabemos que várias e várias pessoas
precisam comprovar, nos seus locais de trabalho, os gastos que têm com os
táxis. O Projeto, inicialmente, tornava obrigatório, mas a pedido do próprio
Sindicato, nós resolvemos fazer com que, a pedido do usuário, o motorista seja
obrigado a expedir o recibo, que será legal, para comprovar que ele andou num
determinado trajeto e que teve um de terminado gasto. O recibo pode integrar
até mesmo um processo judiciário para comprovar que houve um determinado gasto,
num determinado dia e que a pessoa pegou um táxi num determinado lugar e foi para
outro e que produziu um gasto.
Agora, dizer que este Projeto é inócuo, eu acredito que não faça jus à
grande inteligência e ao merecimento que tem o meu amigo Elói Guimarães, um dos
grandes conhecedores da área de transporte na Cidade de Porto Alegre. Realmente,
Ver, Elói Guimarães, quando eu vejo V. Exª. discutir, eu pergunto: por que o
Ver. Elói Guimarães não ficou quieto para não cometer essa falha que cometeu na
tribuna? Sei que V. Exª. não tem nada contra este Vereador, somos companheiros,
na Casa, há muito tempo, mas peço que V. Exª. revise essa sua opinião a
respeito desse Processo, porque ele, na verdade, tem tudo para causar
benefícios aos usuários do serviço de táxi da Cidade. Muito obrigado.
(Não revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE Em votação nominal, por
solicitação do Ver. Elói Guimarães (Após a chamada): APROVADO o PLL n.º 115/95,
por 15 votos SIM, -3 votos não e 01 ABSTENÇÃO.
Colocamos em votação as Emendas nº. 1 e 2, ao PLL n.º 115/95 (Pausa.) Os Srs. Vereadores que aprovam permaneçam
sentados. (Pausa.) APROVADAS contra o voto do Ver. Elói Guimarães.
O SR. PEDRO RUAS
(Requerimento): Sr. Presidente, requeiro, condição de Relator do PLE nº 67/96 à
gentileza de que determine o auxílio, a este Vereador, dos competentes e
dedicados integrantes da Procuradoria da Casa, na medida em que se faz
necessário este assessoramento, e eu gostaria, ele ocorresse a partir do final
da Sessão Extraordinária da manhã de hoje.
O SR. PRESIDENTE: A Mesa, sem prejuízo de
outras assessorias, evidentemente, da assessoria técnica da Casa, através de
todos os seus órgãos, da Procuradoria, está à disposição de todos os
Vereadores, principalmente numa matéria em que V. Exª. é Relator e solicita
formalmente. A Mesa defere de plano,
O SR. PEDRO RUAS. Agradeço Sr. Presidente.
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO
PROC. 2296/95 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N.º
118/95, de
autoria do Ver. Paulo Brum, que torna obrigatória a implantação de dispositivos
sonoros nos semáforos de pedestres do Município de Porto Alegre, e dá outras
providências.
Pareceres
- da CCJ. Relator Ver. Darci Campani: pela
rejeição do Projeto;
- da CEFOR. Relator Ver. Antonio Hohlfeldt: pela rejeição do Projeto;
- da CUTHAB. Relator Ver. Pedro Ruas: pela aprovação do Projeto
- da CECE. Relator Ver. Nereu D'Ávila: pela rejeição do Projeto.
O SR. PRESIDENTE: o, discussão o PLL no
118/95. (Pausa.) Não havendo quem queira discutir em votação nominal, por
solicitação do Ver. João Dib. (Após a chamada) Aprovado por 12 votos SIM; 06
votos NÃO; 03 ABSTENÇÕES.
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO
PROC. 2335/95 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N.º
125/95, de
autoria da Ver. Helena Bonumá, que autoriza o Poder Executivo a criar posto de
atendimento na Estação Rodoviária de Porto Alegre. (Informações a respeito da
cidade, órgãos e serviços públicos municipais, a viajantes e migrantes.)
Pareceres
- da CCJ. Relator Ver. Reginaldo Pujol: pela
aprovação do Projeto;
- da CEFOR. Relator Ver. João Dib: pela
rejeição do Projeto;
- da CUTHAB. Relator Ver. Clóvis Ilgenfritz: pela aprovação do Projeto;
- da COSMAM. Relator Ver. Pedro Américo
Leal: pela rejeição do Projeto.
O SR. PRESIDENTE: Requerimento de autoria do
Vereador Guilherme Barbosa o adiamento da discussão por uma sessão do PLL n.º
125/95. Em votação (Pausa.) Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam
sentados. (Pausa,) APROVADO.
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO
PROC. 2438/95 - PROJETO DE, LEI DO LEGISLATIVO N.º
140/95, de
autoria do Ver. Paulo Brum, que institui, no sistema de transporte individual
de passageiros, por veículos de aluguel providos de taxímetro, a categoria
"perua rádio-táxi", e dá outras providências. Com Emenda n.º 01.
Pareceres
- da CCJ. Relator Ver. José Valdir: pela
aprovação do Projeto e da Emenda n.º 01;
- da CUTHAB. Relator Ver. Clovis ilgenfntz:
peia aprovação do Projeto e da Emenda n.º 01;
- da CECE. Relator Ver. Décio Schauren: pela
aprovação do Projeto e da Emenda n.º 01;
- da COSMAM. Relator Ver. Pedro Américo
Leal: peia aprovação do Projeto e da Emenda n.º 01.
- O SR. PRESIDENTE: Em discussão o PLL n.º 140/95.
(Pausa) Não havendo que queira discutir em votação (Pausa.) Os Srs. Vereadores
que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO, com os votos contrários
dos Vereadores João Dib, Nereu D'Ávila, Elói Guimarães e Fernando Záchia.
Em votação a emenda n.º 1. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que a aprovam
permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADA.
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO
PROC. 2441/95 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N.º
141/95, de
autoria da Ver. Maria do Rosário, que oficializa o "Festival de Arte
Cidade de Porto Alegre", e de outras providências. Com Emendas n.ºs 01 e
02.
Pareceres
- da CCJ. Relator Ver. João Motta: pela
aprovação do Projeto; Relator Ver. Wilton Araújo: pela aprovação das Emendas
n.ºs 01 e 02;
- da CEFOR. Relator Ver. Antonio Hohlfeldt:
pela aprovação do Projeto e das Emendas n.ºs 01 e 02;
- da CECE. Relator Ver. Nereu D'Ávila: pela
aprovação do Projeto e das Emendas n.ºs 01 e 02.
O SR. PRESIDENTE: Em discussão o PLL n.º
141/95 (Pausa). Não havendo que queira discutir, colocamos em votação. (Pausa.)
Os Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADO.
Como não há destaque, colocamos em votação as emendas em bloco. Em
votação as Emendas n.ºs 1 e 2 (Pausa.) Os Srs. Vereadores que as aprovam
permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADAS.
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO
PROC. 2445/95 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N.º
143/95, de
autoria do Ver. Edi Morelli, que dispõe sobre a criação do Programa de Inspeção
e Manutenção de Veículos Automotores em uso, e dá outras providências.
Pareceres
- da CCJ. Relator Ver. Reginaldo Pujol: pela
aprovação do Projeto;
- da CEFOR. Relator Ver. João Dib: pela
rejeição do Projeto;
- da CUTHAB. Relator Ver. Mário Fraga: pela
aprovação do Projeto;
- da COSMAM. Relator Ver. Henrique Fontana:
pela aprovação do Projeto.
O SR. PRESIDENTE: Em discussão o PLL n.º
143/95, Não havendo quem queira discutir, colocamos em votação. (Pausa.) Os
Srs. Vereadores que o aprovam permaneçam sentados (Pausa.) APROVADO.
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO
PROC. 2457/95 - PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO N.º
070/95, que
autoriza o Poder Executivo a efetuar a permuta de próprio municipal. (Bairro
Auxiliadora).
Pareceres
- da CCJ. Relator Ver. Elói Guimarães: pela
aprovação do Projeto;
- da CEFOR. Relator Ver. Antonio Hohlfeldt:
pela aprovação do Projeto;
- da CUTHAB. Relator Ver. Lauro Hagemann:
pela aprovação do Projeto;
- da CECE. Relator Ver. Raul Carrion: pela
aprovação do Projeto.
Observações:
- para aprovação, voto favorável da maioria absoluta
dos membros da CMPA - Art. 82, § 1º, VIII, da LOM.
O SR. PRESIDENTE: Em
discussão o PLE n.º 070/95. Não havendo quem queira discutir, em votação.
(Pausa. ) A votação será nominal por Requerimento do Ver. João Dib. (Após a
chamada.) APROVADO, por 17 votos SIM e 06 votos NÃO.
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO
PROC. 2650/95 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N.º
158/95, de
autoria do Ver. Darci Campani, que altera a redação do Art. 6º da Lei 2312, de
15 de dezembro de 1961, que criou o Departamento Municipal de Água e Esgotos.
(Requisito para escolha do Diretor-Geral)
Pareceres
- da CCJ. Relator Ver. Fernando Záchia: pela
rejeição do Projeto;
- da CEFOR Relator Ver. Antonio Hohlfeldt:
pela rejeição do Projeto;
- da CUTHAB. Relator Ver. Luiz Negrinho:
pela rejeição do Projeto;
- da COSMAM. Relatora Verª. C1ênia Maranhão:
pela aprovação do Projeto;
Observações:
- para aprovação, voto favorável da maioria absoluta
dos membros da CMPA – Art. 82, § 1º, III, da LOM.
O SR. PRESIDENTE: Em discussão o PLE n.º
158/95. (Pausa.) Não havendo quem queira discutir em votação nominal, por
solicitação do Ver. Dilamar Machado. (Após a chamada.) Por 13 votos SIM e 08
votos NÃO, REJEITADO o presente Projeto.
O SR. JOSÉ VALDIR (Questão
de Ordem): Sr.
Presidente, eu gostaria que V. Exª. esclarecesse, oportunamente, a respeito do
PLL N.º 012/94, de autoria do Ver. Reginaldo Pujol, que institui o Programa de
Crédito Educativo para universitários. O Parecer da CCJ diz assim: “Ver. Elói
Guimarães pela rejeição do Substitutivo N.º 01.” Poderemos deduzir que é pela
rejeição do Substitutivo e pela aprovação do Projeto. No entanto, examinando o
Projeto, verifiquei que há um parecer do Ver. Elói Guimarães contra o Projeto
ainda ao tempo em que esse Projeto era de autoria do Ver. Nereu D'Ávila. Por
isso, creio haver um erro no espelho.
O SR. PRESIDENTE: A Mesa está examinando esse
assunto e vai-lhe responder oportunamente.
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO
PROC. 0096/96 - PROJETO DE LEI DO EXECUTIVO N.º
001/96, que
autoriza a permuta de próprio municipal localizado na Rua Marcelo Gama s/n.º,
com imóvel particular localizado na Rua Marcelo Gama n.º 1 157.
Pareceres
- da CCJ. Relator Ver. José Valdir: pela
aprovação do Projeto;
- da CEFOR Relator Ver. Artur Zanella: pela
aprovação do Projeto;
- da CUTHAB. Relator Ver. Clovis Ilgenfritz:
pela aprovação do Projeto.
Observações:
- para aprovação, voto favorável da maioria absoluta
dos membros da CMPA - Art. 82, § 1º, VIII, da LOM.
O SR. PRESIDENTE: Em discussão o PLE, o
001/96. Não havendo inscritos para discutir, passamos à votação nominal, por
solicitação do Ver. Dilamar Machado.(Após a chamada.) APROVADO por 18 votos
SIM, 03 votos NÃO e 01 ABSTENÇÃO.
O SR. PEDRO RUAS (Questão de
Ordem): Sr.
Presidente, para um esclarecimento que me parece bastante importante e pode ser
um equívoco deste Vereador. Na votação do Processo no 2457, fls. 21, PLE 070,
tenho a convicção, e foi dito pela Mesa, de que eram necessários 17 votos para
a aprovação, e nas contas deste Vereador temos 16 votos sim, 01 abstenção e
alguns votos não.
O SR. PRESIDENTE: Houve uma mudança de voto
do Ver. Pedro Américo Leal, que requereu a mudança de voto de “não” para “sim”,
isto antes da apregoação do resultado. Assim, fez 17 votos, maioria absoluta
necessária para aprovação.
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO
PROC. 0134/96 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N.º
001/96, de
autoria do Ver. Isaac Ainhorn, que dispõe sobre a oficialização do Mercadão do
Produtor no Município de Porto Alegre, e dá outras providencias. Com Emendas
n.ºs 01, 02, 03, 04, 05, 06 e 07.
Pareceres
- da CCJ. Relator Ver. Airto Ferronato: pela
aprovação do Projeto; Relator Ver. José Valdir: pela aprovação das Emendas n.ºs
01, 02, 03 e 04;
- da CUTHAB.
Relator Ver. Clovis Ilgenfritz: pela aprovação do Projeto e das Emendas n.ºs
01, 02, 03 e 04.
Observações:
- incluído na Ordem do Dia por força do Art. 81 da
LOM.
O SR. PRESIDENTE: Colocamos em votação, por
solicitação do Ver. Artur Zanella a retirada da Emenda n.º 01, aposta ao PLL
01/96. Em votação. (Pausa.) Os Srs. Vereadores que aprovam permaneçam sentados.
(Pausa.) APROVADA a retirada da Emenda
n.º 01.
Solicito ao Ver. Mário Fraga que assuma a Presidência dos trabalhos.
O SR. PRESIDENTE (Mário
Fraga): Em
discussão o PLL no 01/96 Não havendo quem queira discutir, em votação. (Pausa.)
APROVADO.
Em votação a Emenda n.º 2 aposta ao PLL no 01/96. Os Srs. Vereadores
que a aprovam permaneçam sentados.(Pausa.) APROVADA .
Em votação a Emenda no 3 aposta ao PLL 01/96. Os Srs. Vereadores que a
aprovam permaneçam sentados. (PAUSA.) APROVADA.
Em votação a Emenda n.º 4 aposta ao PLL nº 01/96, Os Srs. Vereadores
que a aprovam permaneçam sentados.(Pausa.) APROVADA.
Em votação a Emenda no 5 aposta ao PLL nº 01/96. Os Srs. Vereadores que
a aprovam permaneçam sentados.(Pausa.) APROVADA.
Em votação a Emenda n.º 6, aposta ao PLL nº 01/96. Os Senhores
Vereadores que a aprovam permaneçam sentados.
Em votação a Emenda n.º 7 aposta ao PLL 01/96. Os Srs. Vereadores que a
aprovam permaneçam sentados. (Pausa.) APROVADA.
Em votação a Subemenda n.º 1 aposta à Emenda 2 ao PLL no 01/96. Os Srs.
Vereadores que a aprovam permaneçam sentados.(Pausa) APROVADA .
Em votação a Subemenda n.º 01 aposta à Emenda 3 ao PLL n.º 01/96. Os
Srs. Vereadores que a aprovam permaneçam sentados.(Pausa.) APROVADA .
Em votação a Subemenda n.º 01 à Emenda 4 aposta ao PLL n.º 011 96. Os
Srs. Vereadores que a aprovam permaneçam sentados.(Pausa.) APROVADA .
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO
PROC. 0465/96 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N.º
008/96, de
autoria do Ver. Luiz Braz, que regulamenta a circulação de veículos de tração
animal nas vias do Município. Com Emendas n.ºs 01, 02, 03 e 04, ao Projeto, e
Substitutivo n.º 01, com Emenda n.º 01.
Observações: - incluído na Ordem do Dia por força do Art. 81 da LOM.
O SR. PRESIDENTE (Isaac
Ainhorn):
Discussão Geral e Votação. PLL no 08/96.
O SR. LUIZ BRAZ
(Requerimento): Sr. Presidente, já assinamos um Requerimento solicitando adiamento do
presente Projeto por uma Sessão.
O SR. PRESIDENTE: Em votaçao o Requerimento
do Ver. Luiz Braz que solicita adiantamento, de discussão por uma sessão, do
PLL 08/96. Os Srs. Vereadores que aprovam permaneçam sentados.(Pausa.)
APROVADO.
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO
PROC. 0494/96 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N.º
012/96, de
autoria do Ver. Reginaldo Pujol, que institui o Programa de Crédito Educativo
para universitários matriculados em Universidades e/ou Faculdades com sede no
Município de Porto Alegre, e dá outras providências. Com Substitutivo n.º 01, e
Emendas de n.ºs 01 a 10 ao Substitutivo n.º 01.
Pareceres
- da CCJ. Relator Ver. Elói Guimarães: pela
rejeição do Substitutivo n.º 01;
- da CEFOR. Relator Ver. Antonio Hohlfeldt:
pela aprovação do Substitutivo n.º 01 e das Emendas n.ºs 01 a 10 ao
Substitutivo n.º 01.
Observações:
- incluída a Ordem do Dia por força do Art. 81 da LOM;
- discutiram a matéria os Vereadores J. Azambuja e
P. Brum.
Em votação o Requerimento do Ver. Artur Zanella que solicita adiamento
por uma Sessão para discussão do PLL n.º 12/96. Os Srs. Vereadores que aprovam
o Requerimento permaneçam sentados.(Pausa.) APROVADO.
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO
PROC. 0521/96 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N.º
015/96, de
autoria do Ver. Raul Carrion, que altera a redação dos artigos 2º, 3º e 4º,
"caput", e acrescenta Art. 5º à Lei n.º 5409/84, que institui a
passagem gratuita para desempregados nos serviços de transporte coletivo do
Município de Porto Alegre.
Pareceres
- da CCJ. Relator Ver. Elói Guimarães: pela
aprovação do Projeto;
- da CEFOR. Relator Ver. Luiz Braz: pela
rejeição do Projeto;
- da CUTHAB. Relator Ver. Pedro Ruas: pela
aprovação do Projeto.
Observações:
- incluído na Ordem do Dia por Força do Art. 81 da
LOM;
- para aprovação, voto favorável da maioria absoluta
dos membros da CMPA - Art. 113, da LOM.
O SR. PRESIDENTE: Em votação o Requerimento
do Ver. Raul Carrion, que solicita o adiamento da discussão do PLL 015/96, por
uma Sessão Senhores Vereadores que o aprovam permaneçam sentados. (Pausa.)
APROVADO.
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO
PROC. 0599/96 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N.º
022/96, de
autoria do Ver. Fernando Záchia, que altera a redação do Art. 1º da Lei n.º
7591, de 10.01.95, e dá outras providências (altera a metragem de área de loja,
exigida dos estabelecimentos comerciais, para colocação de cadeiras de rodas à
disposição de deficientes físicos) Com Emenda n.º 01.
Pareceres
- da CCJ. Relator Ver. José Valdir: pela
aprovação do Projeto e da Emenda n.º 01;
- da CUTHAB. Relator Ver. Pedro Ruas: pela
aprovação do Projeto; Relator Ver. Clovis Ilgenfntz: pela aprovação da Emenda
n.º 01;
- da CECE. Relator Ver. Décio Schauren: pela
aprovação do Projeto e da Emenda n.º 01.
O SR. PRESIDENTE: Em discussão o PLL n.º
022/96 o Ver. Giovani Gregol está com a palavra para discutir.
O SR. GIOVANI GREGOL: Sr. Presidente e Srs.
Vereadores, pena que o Ver: Paulo Brum não está aqui, eu lamentaria muito, se
ele não votasse, se ele não se posicionar com relação a esse Projeto e - a
participasse dessa discussão. Esse e um Projeto mais ou menos conhecido, como
os que eu faço com os diretamente implicados, com as entidades da Sociedade
Civil, representantes dos chamados deficientes e paraplégicos, Ver. Pedro
Américo Leal. Esse projeto pretende que os estabelecimentos comerciais da
cidade tenham à disposição algumas cadeiras de rodas para pessoas que se
enquadram no caso em que eu falei anteriormente e também para mulheres
grávidas, pessoas que se sentem mal, não tem como se locomover, tem que ser
carregadas ou não tem como subir escadas. Não existem equipamentos especiais;
nós sabemos que foram construídos grandes estabelecimentos, como o Shopping
Center, sem acesso para aquelas pessoas que andam de cadeiras de rodas, e
fizeram Shopping sem cinema: São verdadeiros absurdos. Eu não conheci nenhum
shopping sem cinema, só tupiniquim, o Iguatemi, o primeiro do Estado que não
tinha cinema, agora na reforma colocaram três salas de cinema. Com a aprovação
desta Lei por esta casa houve toda uma movimentação a seu favor inclusive no
Ministério público Estadual. -Instituição idónea, Instituição reconhecida
respeitadíssima usou esse Projeto de Lei aprovado e já em vigor na Cidade, e
foi fiscalizar o seu cumprimento. Eu estive várias vezes no Ministério Público,
a pedido dele próprio, tratando disso e eles me disseram que havia duas grandes
redes de supemercado que não cumpriram essa Lei. Uma e a rede de supermercado
do Presidente da AGAS, o Sr. Feijó, da Rede do Econômico, e outra rede, senão
me engano, é a do Real, a rede Joaquim Oliveira, que se negaram a cumprir Lei.
Isso, no mínimo, em um país sério, não digo que dá cadeia, ... Empresas
milionárias que se recusaram a colocar cadeiras de roda, duas por andar.
Agora, vem o meu amigo, pessoa que merece todo o meu respeito e
consideração, de quem eu gosto muito, o Ver. Fernando Záchia, atende os
interesses desses descumpridores da Lei, dessas Empresas. O Zaffari e outros
fizeram, menos eles. Não estou acusando o Vereador de nenhuma negociata, sei
que não seria capaz disso. Mas, na prática o que acontece? Todos cumpriram e
ninguém chiou. Qual é o problema? Só duas redes e estavam sendo processadas
pelo Ministério Público e acho que ainda estão.
Vamos fazer uma Lei para contemplar esses dois que são maus
empresários. O que este Pais precisa é de cidadãos. Muito obrigado.
(Não revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE: Com a palavra o Ver. Fernando
Záchia, para discutir:
O SR. FERNANDO ZÁCHIA: Sr. Presidente e Srs.
Vereadores, a verdade tem que ser refeita; primeiro as duas redes que não
cumpriram foram Supermercado Zaffari e Supermercado Real. Vamos esquecer as
acusações porque o atual presidente da AGAS não é o Feijó, o Feijó é do
Nacional. O seu projeto foi aprovado no ano passado, e, até aquele momento, eu
discuti aqui, a primeira reclamação que eu recebi foi do Supermercado Restinga,
um pequeno supermercado e, esse mercado não cumpriu, e é um supermercado que
seguramente deve ter 2 mil metros de área total, só que nós temos que não
computar a área de estacionamento, área de depósito, área de escritório, e
resumir área de lojas. Então, quis melhorar fazendo com que somente os grandes
supermercados, o BIG, o CARREFOUR, ZAFFARI, esses grandes supermercados, nós
sabemos que esses são de maior poder econômico, têm mais de 5 mil metros
quadrados, esses têm condições de colocar as cadeiras de rodas. Agora os
pequenos supermercados, esses não tem condições, porque as suas áreas de lojas
são extremamente restritas e teriam dificuldades enormes na colocação das
cadeiras de rodas. O Ministério Público, no momento em que a lei foi aprovada
pela Câmara e antes de ser sancionada pelo Prefeito, já estava fazendo a
fiscalização nessas duas cadeias de supermercados, não pela lei, mas por um
problema pessoal, uma relação antiga na gestão do Governo Collor desses
supermercados com o Ministério Público.
O SR. PRESIDENTE: A Ver. C1ênia Maranhão se
inscreve e cede seu tempo ao Ver. Fernando Záchia.
O SR. FERNANDO ZÁCHIA: Agradeço a Vereadora. Passo
a palavra ao Ver. Giovani Gregol para um aparte.
O SR. GIOVANI GREGOL: Muito Obrigado. Meu querido
amigo e colega, correligionário sofredor, no bom sentido, do nosso grande
Internacional.
Em primeiro lugar, refutando V. Exª. quero dizer que o meu Projeto de
Lei é claríssimo. Cinco mil metros são para estabelecimentos comerciais de loja
está escrito aqui na Exposição de Motivos, portanto, a área de estacionamento e
de serviço não contam.
Em segundo lugar, V. Exª. mesmo se contradisse, quando falou defendendo
os pequenos, mas disse que quem não está cumprindo são os grandes, são as duas
maiores redes que não estão cumprindo.
O SR. FERNANDO ZÁCHIA: Eu não falei isso, eu disse
que a primeira denúncia que chegou a mim foi de um pequeno supermercado da
Restinga e que as duas maiores cadeias estavam sendo fiscalizadas pelo
Ministério, não que elas não estivessem cumprindo. Ministério não estava
preocupado com aqueles supermercados das outras cadeias, porque era uma relação
antiga de um não-cumprimento de uma outra Lei. Ver. Gregol, eu conversei com o
pessoal da AGAS, tive a preocupação de conversar com todo o universo, e não só
com uma parte do universo. Nós não podemos criar dificuldades para os pequenos
estabelecimentos, porque os grandes têm poder econômico para fazer cumprir a
Lei. Eu faço questão que V. Exª. leia novamente o Projeto. V. Exª. sabe como
bom Vereador do PT, que não existe habite-se para área de loja. Muito obrigado.
(Não revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE: O Ver. Airto Ferronato está
com a palavra, para discutir.
O SR. AIRTO FERRONATO: Sr. Presidente, Srs.
Vereadores, há fatos que não dá para compreender. Estão discutindo a
implantação de um Projeto de implementação de cadeira de rodas, encaminhado
pela Bancada do PT, através do Ver. Giovani Gregol, que foi aprovado no ano
passado, e dizem que já está sendo implantado. O Projeto que apresentei em
1989, que diz que o supermercado tem de ter uma balança para o consumidor saber
se ele compra cinqüenta gramas de batata ou não. Até agora a Prefeitura não fez
absolutamente nada, por que? E ai discutem projetos para deficientes. Este
Projeto da balança iria beneficiar toda a comunidade de Porto Alegre, porque é
moderno, é novo, e uma série de outros Municípios, de capitais do País,
inclusive, pediram cópia do meu projeto e até hoje não implantaram. Quando a
Prefeitura vai exigir o cumprimento desta Lei? Esta é a pergunta que deixo
aqui., Faz oito anos que ela foi aprovada e, até agora, não temos nenhuma
noticia. Votarei com o companheiro Ver. Fernando Záchia.
(Não revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE: A Mesa comunica o
recebimento de Requerimento firmado pelo autor do PLL 22/96, que solicita
adiamento da discussão por uma Sessão. Em votação. (Pausa) Os Srs. Vereadores
que o aprovam permaneçam sentados.(Pausa.) APROVADO.
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO
PROC. 1078/96 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N.º
056/96, de
autoria do Ver. Fernando Záchia, que acrescenta os incisos V e VI ao § 1º do
art. 7º; inclui o Capítulo IX e o art. 34 na Lei n.º 7.234, de 19 de janeiro de
1993, que defíne normas para regulamentação da propaganda ao ar livre no
Município de Porto Alegre. Com Emenda n.º 01.
Pareceres
- da CCJ. Relator Ver. EIói Guimarães: pela
aprovação do Projeto e da Emenda n.º 01;
- da CEFOR Relator Ver. Antonio Hohlfeldt:
pela aprovação do Projeto e da Emenda n.º 01.
Observações:
- incluído na Ordem do Dia por força do Art. 81 da
LOM.
O SR. PRESIDENTE: Em votação o Requerimento,
de autoria do Ver. Fernando Záchia, que solicita o adiamento da discussão, do
PLL no 056/96, por uma Sessão. (Pausa.) Os Senhores Vereadores que o aprovam
permaneçam sentados, APROVADO.
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO
PROC. 1246/96 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N.º
063/96, de
autoria do Ver. Raul Carrion, que dispõe sobre a doação de materiais
inservíveis pertencentes à Administração Municipal, e a outras providências.
Com Emenda n.º 01.
Pareceres
- da CCJ. Relator Ver. Wilton Araújo: pela
rejeição do Projeto; - da CEFOR
Relator Ver. Luiz Braz: pela rejeição do Projeto;
- da CECE. Relator Ver. Dilamar Machado:
pela aprovação do Projeto.
Observações:
- incluído na Ordem do Dia por força do Art. 81 da
LOM.
O SR. PRESIDENTE: Em discussão. Não havendo
inscritos para discutir passamos à votação.(Pausa.)0s Senhores Vereadores que
aprovam o PLL no 063/96 permaneçam sentados. APROVADO.
Em votação a Emenda n.º 01, aposta ao PLL no 063/96 (Pausa.) Os
Senhores Vereadores que a aprovam permaneçam sentados. APROVADA, contra o voto
do Ver. Luiz Braz.
DISCUSSÃO GERAL E VOTAÇÃO
PROC. 1632/96 - PROJETO DE LEI DO LEGISLATIVO N.º
093/96, de
autoria do Ver. Raul Carrion, que proíbe a instalação de bombas de auto-serviço
nos postos de abastecimento de combustíveis, e das outras providências. Com
Emenda n.º 01.
Pareceres
- da CCJ. Relator Ver. Fernando Záchia: pela
rejeição do Projeto e da Emenda n.º 01;
- da CEFOR. Relator Ver. Luiz Braz: pela
rejeição do Projeto e da Emenda n.º 01;
- da CUTHAB. Relator Ver. Pedro Ruas: pela
aprovação do Projeto e da Emenda n.º 01.
Observações:
- incluído na Ordem do Dia por força do Art. 81 da
LOM.
O SR. PRESIDENTE: Em discussão o PLL n.º
093/96. O Ver, Raul Carrion está com a palavra para discutir.
O SR. RAUL CARRION: Sr. Presidente e Srs.
Vereadores, este Projeto nasceu de uma discussão com os trabalhadores dos
postos de auto abastecimento. O que nós verificamos? Estão surgindo na Cidade,
e se multiplicando, uma série de postos de auto-abastecimento, Que problemas
isso traz? Primeiro, esse auto-abastecimento, sem pessoas preparadas,
especializadas, incorre numa série de riscos para quem manuseia a bomba, o
leigo, que manuseia a bomba, pois trata-se de produtos cancerígenos, produtos
inflamáveis, produtos que causam uma série de danos à saúde de em os manuseia,
Segundo, coloca em risco o conjunto da população, pois um posto de
abastecimento é um grande recipiente de produtos inflamáveis, que em
determinadas condições, tornam-se explosivos. Tanto é as assim que a própria
localização de um posto é definida em Lei, bem como a condições em que deve
estar. Terceiro, isso causará um aumento do desemprego desses trabalhadores.
Alguém diria que é o ônus do progresso, que é para permitir um
barateamento no custo do combustível. Pois bem, incluímos em nosso Projeto
levantamentos fotográficos de postos de auto-abastecimento, onde, apesar de não
haver frentistas, o preço é superior ao preço dos postos que tem funcionários
especializados, fazendo o seu trabalho.
Portanto, os postos de auto-abastecimento causam riscos a operadores,
ao leigo, causam riscos à coletividade, desemprego, e não têm nenhuma vantagem
a não ser aumentar os lucros dos empresários desse postos. Muito obrigado.
(Revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Pedro
Américo Leal):
O Ver. Luiz Braz está com a palavra para discutir.
O SR. LUIZ BRAZ: Senhor Presidente e Srs.
Vereadores, no mundo inteiro, nas regiões mais desenvolvidas, vamos encontra os
postos de auto-abastecimento. Não tenho noticia de nenhum lugar do mundo que tenha
acontecido um acidente por causa do manuseio do equipamento para abastecimento
dos carros. Se formos em qualquer lugar dos Estados Unidos, não vamos encontrar
Postos onde exista funcionário para abastecer o nosso carro. Vamos sempre ter
que nos servir de acordo com aqueles regulamentos. É alguma coisa muito fácil.
Não existe nenhum tipo de risco. Existe até cerca curiosidade por parte do
nosso cidadão em procurar postos de auto-serviço até para poder aprender aquele
mecanismo de abastecimento que, hoje em dia, todo ele é na base da
informatização e que não oferece nenhum tipo de risco maior do que aquele que
já oferece o posto. E por isso mesmo que ele é colocado em determinados locais
distante das residências, pelo menos a legislação assim coloca.
O Sr. Raul Carrion: V. Exª. permite um aparte?
(Assentimento .o orador.) Gostaria que V. Exª. se manifestasse sobre o
desemprego.
O SR. LUIZ BRAZ: Com relação ao desemprego.
V. Exª. tem razão mas V. Exª. deu argumentos quando estava na tribuna. Hoje em
dia, no mundo inteiro há o problema de desemprego é que não vai ser corrigido
só com os problemas dos postos de gasolina. Temos que ter uma mudança no mundo
inteiro para se corrigir este tipo de problema. Esse problema não é localizado
nos postos de gasolina, talvez, ali seja um problema dos menores. E localizado
tendo em vista o progresso e, principalmente, devido à informática e acredito
com este Projeto de Lei do Ver. Raul Carrion estaríamos afastando Porto Alegre
das outras metrópoles que caminham em direção ao progresso, e o Ver. Raul
Carrion quer que Porto Alegre caminhe em direção contraria ao progresso. Por
isso, somos contrários à intenção do Ver. Raul Carrion. Muito obrigado.
(Não revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE (Isaac
Ainhorn):
Mesa apregoa o Projeto de Lei do Executivo n.º 71/96, que autoriza o Executivo
Municipal a contratar concessão de uso com a empresa BR - PETROBRÁS
DISTRIBUIDORA e dá outras providências.
O Ver. Elói Guimarães está com a palavra, para discutir o PLL n.º
093/96.
O SR. ELÓI GUIMARÃES: Sr. Presidente e Srs.
Vereadores, evidentemente que o processo tecnológico, a automação, os meios
econômicos, industriais e comerciais são uma indiscutível realidade. Esse
processo levará, na minha opinião, os povos para uma nova sociedade, porque vai
chegar um momento onde automação avançará de tal ordem as pessoas não terão
mais emprego, e a isso nós já estamos assistindo, tal o processo de automação.
Antigamente uma fábrica, um estabelecimento comercial precisava de um
número "x" de pessoas; hoje grande parte dos estabelecimentos fabris,
etc. reduzem essa mão-de-obra em face da automação. É a questão cientifica da
tecnologia. Isso levará a uma sociedade nova; daqui a 10, 20, 50 anos teremos
uma nova sociedade. Porque as pessoas precisam sobreviver, viver, trabalhar,
ganhar.
Quero dizer que este Projeto do Ver. Raul Carrion é um bom Projeto,
porque ele permite, num momento de crise, de desemprego, que, pelo menos, um
setor tenha uma razoável ocupação. Isso não cria nenhum problema, porque vai
para os custos do produto, da operação da empresa, então não há nenhum
problema. Por outro lado, difundida a automação nos postos de gasolina,
estaremos dispensando em massa homens simples, que são os frentistas, que estão
ali defendendo o seu ganho. Acho que é um Projeto bom. Não se entenda este
Projeto como um princípio contra o processo tecnológico, a automação. Mas é uma
precaução, é prudente. mormente agora, quem sabe amanhã ou depois tenhamos soluções diferentes, quando a sociedade, as
estruturas sociais permitirem que isso se faça, na contrapartida. O que está
acontecendo nesse processo tecnológico e de automação? As pessoas não estão
tendo emprego e, conseqüentemente, não tem como viver, como sobreviver.
Uma nova sociedade vai surgir, sim, do processo tecnológico, da
automação - não sei que sociedade será, socialista, uma sociedade nova, não
importa o nome; marchamos, indiscutivelmente para ela, porque não haverá
emprego: uma máquina com apenas um operador tocará toda uma operação.
Esse Projeto me parece, nas circunstâncias atuais, com essa imensa
legião de desempregados, que retranca, por um determinado tempo, e dá alguma
possibilidade de emprego aquela gente simples, que esta ai nas bombas de
gasolina, os chamados frentistas.
Sou a favor do Projeto. Muito obrigado.
(Não revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE: O Ver. Pedro Ruas está com
a palavra.
O SR. PEDRO RUAS: Sr. Presidente, Srs.
Vereadores, em especial o Ver. Raul Carrion. Essa discussão, que já é o
encaminhamento de votação favorável de parte deste Vereador, prende-se a três
aspectos, que me parecem da maior importância. O primeiro deles: não há
necessidade da mudança do sistema tradicional de abastecimento de veículos em
nossa Cidade; não há nenhuma reivindicação da sociedade nesse sentido; e não se
conhece necessidade objetiva de alteração nessa prestação de serviços. Disse-o
bem o Ver. Elói Guimarães. Cumprimento V. Exª. pelo discurso, Ver. Elói
Guimarães.
Número dois: esse tipo de mudança, caso ocorresse, efetivamente traria
riscos - no primeiro momento, é verdade - no caso do mau manuseio dos
equipamentos de abastecimento.
Em 1932, Vereador Elói Guimarães, o Presidente norte-americano
Roosevelt, um dos ideólogos do sistema capitalista daquele País, criou um
sistema de financiamento empresarial onde a grande obrigação do empresário que
recebesse qualquer subsídio governamental; - e na época foram três bilhões de
dólares - tinha a obrigação de gerar empregos. Vejam bem, o ícone de
capitalismo internacional, os Estados Unidos da América do Norte, teve, como
uma de suas premissas básica de desenvolvimento, a obrigação empresarial de
gerar empregos.
O Projeto do Vereador Raul Carrion se insere não numa proposta
socialista e nos gostaríamos que o fosse, mas dentro de uma proposta de
desenvolvimento capitalista, o que também é correto, porque e uma proposta que
protege, efetivamente, a possibilidade do trabalho - da auto-sustentação, da
dignidade da pessoa humana - a condição do trabalho frente a uma situação nova
da tecnologia que não é reivindicada pela nossa sociedade. Este é um dado
importante. A nossa sociedade, em momento algum, em lugar nenhum deste País,
reivindicou este tipo de auto-abastecimento. Talvez haja o interesse de algum
empresário do setor. A sociedade, com certeza, não precisa disso. Agora, com
certeza absoluta, os trabalhadores do setor continuam a precisar deste tipo de
colocação, deste tipo de emprego. Parabéns, Vereador Raul Carrion, e conte com
o nosso apoio. Muito obrigado.
(Não revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE: O próximo orador inscrito
para discutir o Projeto é o Ver. Artur Zanella.
Ausente. O Ver.
Giovani Gregol está com a palavra, para discutir.
O SR. GIOVANI GREGOL: Sr. Presidente, Srs.
Vereadores, em primeiro lugar, eu queria lamentar a ausência do Ver. Paulo Brum
na minha votação que protege e defende os interesses dos deficientes físicos
que usam cadeiras de rodas como ele. O Vereador retirou-se antes da votação do
meu Projeto e voltou imediatemente depois. Eu lamento profundamente. Mas amanhã
os olhos da Cidade estarão sobre nós e vamos ver o voto de V. Exª. V. Exª.
estará com os paraplégicos ou com os empresários, donos de supermercados. V.
Exª. vai ter que dizer de que lado está, e de quem pede votos e por- quê.
Quanto ao Projeto de Lei do Vereador, eu vou votar a favor. Acho que a
tendência da minha Bancada é votar a favor também. Existem duas grandes razões
para isso. A primeira é a questão do emprego. Eu não sou daqueles que acham que
emprego é um bem que se coloca acima de tudo Mas acho que sempre foi e será ,
ainda mais neste momento de avanço do neoliberalismo no mundo todo, importante
a manutenção do emprego. A segunda é que eu tinha uma dúvida sobre se nos
teríamos ou não atribuição para votar matéria desse tipo, ou se estaria
restrito à União, pelo Conselho Nacional de Petróleo, que agora mudou. O Collor
acabou com o CNP, mas no governo FHC parece que foi criado um órgão com funções
análogas.
O artigo 238 da Constituição Federal me sanou esta dúvida. Ele diz:
"A lei ordenará a venda e revenda de combustíveis de petróleo, álcool,
carburante ou outros combustíveis derivados de matérias-primas renováveis,
respeitados os princípios dessa Constituição". Então, se não diz qual lei,
pode ser uma lei municipal. Por isso o meu voto é a favor. Muito obrigado.
(Não revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE: O Ver. Reginaldo Pujol está
com a palavra para discutir o PLL n.º 093/96.
O SR. REGINALDO PUJOL: SR. Presidente, Srs.
Vereadores, estou com algumas dificuldades de prolação, mas mesmo assim não
quero fugir ao debate que é proposto à Casa, em torno do Projeto de Lei do Ver.
Raul Carrion, que proíbe a instalação de bombas de auto-serviço nos postos de
abastecimento de combustíveis e dá outras providências.
Evidente, Sr. Presidente eu não surpreenderia ninguém na Casa dizendo,
de antemão, que qualquer iniciativa que tende a proibir alguém de realizar
alguma atividade, :não conta com minha simpatia. Isso não quer dizer que eu,
sendo defensor primário da liberdade, não entenda que essa liberdade precise,
com muita freqüência, ser limitada e que o limite dessa liberdade seja
exatamente o interesse da sociedade. É o meu conceito do social-liberalismo, a
liberdade radicalizada ao extremo, e o extremo é o limite determinado pela
sociedade. Então, nessa tentativa de mais uma proibição que tenta-se erguer
aqui em Porto Alegre, se pergunta: a sociedade como um todo seria favorável ou
contrária aí que ocorresse a instalação desse tipo de serviço? É fato que
outras nações do mundo já o conhecem e que, inexoravelmente, haverá de chegar
até nós. Tanto isso é verdadeiro, que um Projeto de Lei tenta regular a matéria
nesse sentido. Então, nós não estamos falando diante de uma abstração, estamos
falando diante de uma realidade, e essa realidade é a tentativa que se faz, por
lei, de se vedar a instalação de bombas de auto-atendimento nos postos de
abastecimento de combustível que se instalarem em Porto Alegre.
Evidentemente, o Ver. Paulo Brum que irá me suceder na Tribuna
discutindo a matéria, deverá trazer algumas luzes ao debate. No pouco tempo em
que observei os pronunciamentos, especialmente do ver. Elói Guimarães, da CCJ,
e do Ver. Pedro Ruas, Presidente da CUTHAB, percebi que fixavam seus
raciocínios diante de uma necessidade de proteção de emprego – que estaria em
vias de ser comprometido, também pela instalação desse auto-atendimento na
cidade.
Esse é um problema que existe e a sua superação e seu enfrentamento
desafia estudiosos, filósofos e sociólogos. Não sei se vamos conseguir fazer
frente a esse problema com esse tipo de Legislação. Eu vacilo entre duas
posições que me animam nessa hora, uma, porque sou um homem plenamente
identificado com a liberdade de comércio. com a liberdade de atividade, e sou
contra a qualquer tipo de cerceamento e, de outro, não posso aceitar uma
realidade que efetivamente não conheço. Vou refletir muito antes de tomar minha
posição. Muito obrigado.
(Não revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE: O Ver. Paulo Brum está com
a palavra para discutir.
O SR. PAULO BRUM: Sr. Presidente e Srs.
Vereadores, inicialmente não iria discutir, mas seguindo a mesma linha dos
Vereadores que me antecederam quanto a questão da garantia de emprego, e até
porque não vejo muitos postos com esse serviço em Porto Alegre.
Prefiro ser muito bem atendido nos postos onde eu vou, por isso teremos
que garantir o atendimento dos frentistas Outra questão que me leva a ir a
favor desse Projeto é que, na minha condição de deficiente físico eu não tenho
como me auto-atender. Tenho a certeza e muitos outros colegas que vivenciam esse
dia-a-dia também ficariam prejudicados com esse processo, se fossem instalados
nos postos a questão do auto-atendimento. Diante desta questão procurei
justificar o meu voto dizendo que vou votar com o Ver Carrion para que se
mantenha a garantia do emprego e a garantia do nosso atendimento nos postos de
combustíveis. Muito obrigado.
(Não revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE: Com a palavra, para
discutir, a Verª. Maria do Rosário.
A SRª. MARIA DO ROSÁRIO: Sr. Presidente e Srs.
Vereadores. Faço questão de um pronunciamento neste sentido da discussão e não
de um encaminhamento, até porque a nossa Bancada foi compondo esta posição no
tempo de discussão do Projeto, trazendo uma reflexão maior sobre o tema e
agregando à contribuição de cada um. E o sentido da nossa discussão neste
momento é, justamente, fazermos, também, a reflexão do emprego. Em que pese
essa situação específica não seja ela determinadora, isoladamente, de condição
de desemprego.
Eu não faço parte, Ver. Elói Guimarães, daquele segmento que pensa que
todo o avanço tecnológico pode significar a dispensar da mão-de-obra e da
contribuição humana no trabalho. Ao contrário nós temos uma tendência
internacional de desemprego por conta desta nova ordem estabelecida e, também,
pelo avanço tecnológico é, verdade. Mais do que o desenvolvimento tecnológico,
a nova organização do trabalho e sem dúvida alguma, a super exploração daqueles
que permanecem no espaço de trabalho é que determina a dispensa de outros e a
elevação do nível de desemprego. E isso especialmente observo no comércio de um
modo geral onde pouco se agregou em termos de novas tecnologias, mas muitos
trabalhadores vêm sendo dispensados, por conta, inclusive, de um projeto
econômico desenvolvido em nosso País assim como em outros, que nós tão bem
conhecemos. Um projeto internacional que determina sempre a contenção do
consumo e a diminuição da abordagem e da segurança das necessidades de cada
família, de cada cidadão na sociedade em que nós vivemos. Acredito que o
projeto do Ver. Raul Carrion traz uma reflexão importante sobre este tema
especifico, que são os postos de gasolina no seu auto-serviço. Portanto, acho
que nós devemos votar favoravelmente ao projeto do Ver. Raul Carrion, mas não
podemos dar esta questão como encerrada. Este tema deverá continuar sendo pauta
de discussão, mesmo aprovada a lei pela Câmara Municipal de Porto Alegre,
apontando um sentido de reflexão, tanto no que trata a questão da manutenção e
ampliação dos níveis de emprego, como de um modo muito especial a proteção do
cidadão contra a manipulação de produtos para os quais ele não está capacitado.
Concluo, dizendo que um dos argumentos que me faz pensar neste sentido
é o fato de que aqueles trabalhadores que atuam nas bombas de gasolina recebem
a mais, recebem um "plus" justamente por este produto ser considerado
insalubre. Muito obrigado.
(Não revisto pelo orador.)
O SR. PRESIDENTE: Encerrada a discussão.
Passamos para a votação do PLE n.º 93/96, que será nominal por solicitação do
Ver. Reginaldo Pujol. (Após a chamada.) São 15 votos SIM e 01 voto NÃO. A Mesa
anula a votação por não haver quórum regimental na Sessão,
(Encerra-se a Sessão às 12 h 44 min.)
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